"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 12 de outubro de 2014

E O NOSSO SACO, LULA, DIANTE DE TANTA CANALHICE, BANDALHEIRA E CINISMO?

SE VOCÊ, LULA, ESTÁ DE SACO CHEIO COM A ROUBALHEIRA NA PETROBRAS QUE DAVA 3% PARA O PT, IMAGINE NÓS OS BRASILEIROS COMUNS!
 
A fisionomia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é reveladora. Em dia de fúria, olhos esbugalhados, com o rosto avermelhado (humm!) e pingando de suor, Lula voltou a falar para uma plateia de militantes amestrados: sindicalistas. E fazendo aquele tipinho de  “que não sabia de nada” o estadista de araque vociferava que “estava de saco cheio” com as delações do diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, nomeado por ele, e do doleiro Alberto Youssef, encarregado da lavanderia do dinheiro sujo que saiu dos contratos de empreiteiras direto para os bolsos de políticos larápios e partidos corruptos.
 
Com o dinheiro roubado da Petrobras, que abasteceu campanhas políticas, poderia ser utilizado para construir creches, postos de saúde, contratação de servidores da saúde e escolas nas periferias das cidades em todo o país.
O montante roubado é de dar nojo, principalmente porque os mais atingidos por essa roubalheira são os mais necessitados, os que mais dependem dos benefícios sociais do Estado.
 
Pouco se sabe ainda do montante afanado e dos agentes públicos envolvidos na bandalheira. Apenas 1/4 do que foi revelado no último depoimento de Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef ao juiz federal Sérgio Moro chegou ao conhecimento público.
E, prestando atenção no que foi dito pelo advogado de Alberto Youssef, vem coisa muito pior por aí.
 
A rigor, faltam ser revelados os outros 3/4 dos depoimentos, capaz de explodirem com a República e colocando sob suspeita uma boa quantidade de deputados, senadores, ministros e servidores públicos.
Partidos políticos, metidos a éticos, serão desmoralizados pelas informações constantes do inquérito policial e campanhas políticas passarão por um sufoco, tentando explicar a origem do dinheiro que abasteceu seus caixas.
 
É tanta sujeira que o eleitor de bem e o homem comum sentirão asco de como se faz política no Brasil. O que chama mais atenção nisso tudo é o cinismo de dirigentes de partidos políticos posando de inocentes, como se não soubessem da patifaria que estava ocorrendo na estatal e como não soubessem a origem do dinheiro que entrava por baixo do pano nas campanhas eleitorais.
 
Cínicos e debochados. Aí que a presidente Dilma tem toda a razão: como se o povo menos favorecido e menos instruído não tem consciência da roubalheira que havia na Petrobras; como se povo não tem consciência de que a comida que falta no seu prato está sendo desviada, em dinheiro grosso, para campanhas políticas e para o bolso de políticos salafrários.
 
Dilma, a faxineira de meio-expediente, considerou estarrecedora a divulgação dos depoimentos de Paulo Roberto Costa e Youssef e não a roubalheira. Roubar para essa gente passou a ser normal. 
E se existia essa roubalheira na Petrobras, quem garante que o mesmo esquema não estava em curso em outras estatais? Se Lula, o palanqueiro de plateia amestrada, que nomeou Paulo Roberto Costa para a Petrobras, está de saco cheio, imaginem, amigos leitores, como nós, brasileiros que temos que dar duro para ganhar aquele salário sofrido no final do mês, como estamos nos sentindo?
O mensalão do PT é coisa de batedor de carteira perto do que se roubou na Petrobras.

12 de outubro de 2014
Nilson Borges filho é mestre, doutor e pós-doutor em direito

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