"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

BOLA DA VEZ

Ex-diretor da Petrobras arrasta o PT para a “Lava-Jato”, mas partido nega envolvimento no escândalo

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Mais uma vez o Partido dos Trabalhadores, por meio dos integrantes da cúpula da legenda, tem a oportunidade de afirmar que nada sabia sobre a ciranda de corrupção que funcionava na Petrobras, com a expressa anuência do Palácio do Planalto.

Essa oportunidade surge na esteira do depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento e Refino da estatal, ao juiz federal Sérgio Moro, em Curitiba, no âmbito do processo da Operação Lava-Jato.

Ao juiz disse Paulo Roberto que o Partido dos Trabalhadores ficava com 3% sobre o valor dos contratos da estatal. “Todos sabiam que tinha um porcentual dos contratos da área de abastecimento. Dos 3%, 2% eram para atender ao PT através da diretoria de Serviços”. Ou seja, o PT era beneficiado pela corrupção, mas não sabia de coisa alguma.

Ainda no depoimento que prestou à Justiça Federal, Costa não economizou detalhes e disparou: “Outras diretorias como gás e energia e produção também eram PT. Então, tinha PT na diretoria de produção, gás e energia e na área de serviços.
O comentário que pautava a companhia nesses casos era que 3% iam diretamente para o PT”. Mesmo diante de uma declaração contundente e que faz parte do acordo de delação premiada, portanto devidamente checada, o PT continua negando qualquer participação no esquema.

“O que rezava dentro da companhia era que esse valor integral (3%) ia para o PT”, afirmou Costa, que acusou, sem titubear, o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, ao ser questionado sobre quem fazia a entrega e distribuição da propina ao partido do governo. “Dentro do PT [o contato] do diretor de serviços era com o tesoureiro do PT, Sr. João Vaccari, a ligação era diretamente com ele”. E obviamente os petistas palacianos não sabiam.

Por maior que seja o desejo do PT de negar qualquer envolvimento no maior escândalo de corrupção da história nacional, a tentativa desastrada desmorona no rastro do depósito (R$ 2 milhões) feito pelo doleiro Alberto Youssef na conta da campanha de Dilma, em 2010. Youssef fez o depósito a pedido de Paulo Roberto Costa, que por sua vez atendeu solicitação feita pelo petista Antonio Palocci Filho, que coordenava a campanha da “companheira” Dilma.

O PT não apenas sabia do esquema de corrupção que funcionava, como incentivava o desmando e dele se beneficiava. Esse modelo criminoso passou a funcionar com largueza na Petrobras porque foi a forma encontra pelo Palácio do Planalto para, substituindo o modus operandi do Mensalão do PT, manter azeitada a chamada base aliada, que jamais votou a favor do governo Lula por sintonia ideológica ou convergência política.
 O histórico e esmagador apoio conquistado (sic) pelo agora lobista de empreiteira se deu no vácuo de superfaturamento de contratos da Petrobras, desvio de dinheiro público, fraude tributária e evasão de divisas.

Quando, em matéria recente, o ucho.info afirmou que em curto espaço de tempo a Operação Lava-Jato subiria a rampa do Palácio do Planalto, não o fez com base em especulação, mas sabendo o andamento das investigações e conhecendo as entranhas do esquema criminoso que em seus primórdios tinha José Janene como principal operador.
Confira abaixo o áudio do depoimento de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, ao juiz federal Sérgio Moro
Parte I
https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=IkCwmOonPRU
Parte II
https://www.youtube.com/watch?v=DikdjGTKNLc&feature=player_embedded
Parte III
https://www.youtube.com/watch?v=VM_oP0Ph0IM&feature=player_embedded

09 de outubro de 2014
ucho.info

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