"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

SOBRE O COLAPSO PARCIAL E OBSERVÁVEL DA SOCIEDADE


 Artigos - Cultura

"Digo que os ‘clérigos’ modernos [os intelectuais] pregaram que o Estado deveria ser robusto e não se importar nem um pouco em ser justo..."
Julien Benda, A traição dos intelectuais, p. 107
"Devemos organizar os intelectuais."Willi Munzenberg, organizador comunista, 1919

A atual situação pode ser caracterizada da seguinte maneira: Todas as nossas instituições estão entrando em colapso e o caos social surge em todos os lugares: (1) o colapso da família, da maternidade e da paternidade; (2) o colapso da moralidade, especialmente da honestidade; (3) o colapso do governo constitucional e da segurança nacional, o fenômeno do presidente impostor, legisladores covardes, generais carreiristas, oficiais de inteligência que são agentes duplos; (4) um sistema educacional que é anti-patriótico; (5) narcisismo epidêmico, egoísmo, cultura de entretenimento e materialismo. Nisso tudo vemos o colapso do indivíduo e a instauração da loucura, conforme mostrado no reforço social acima.
O colapso da integridade significa o colapso da esperança e da vontade de poder. Como disse Nietzsche, “a linha do arco humano é frouxa”. Sendo assim, o que se faz necessário é uma renovação, isto é, um reestabelecimento daquilo que se entende por homem e mulher, pais e filhos e sagrado. Disso pode advir novamente os dois pares conhecidos por ‘comunidade e nação’ e ‘constituição e liderança’. Contudo, quem pode começar esse processo de regeneração? É comum afirmar que esse começo só se dará na ocasião de uma catástrofe massiva. Um evento desses ultrapassa todos os argumentos e esmigalha toda a resistência por meio da mudança que produz no coração humano. O velho termo bíblico para isso é castigo.
E eis que chegam os russos e seus “parceiros” chineses. Na conjuntura atual, os russos aceleraram seus planos contra a Ucrânia. Não devemos subestimar o controle que eles ainda exercem sobre Kiev. Não podemos subestimar a disposição deles para assassinar qualquer um que entrar no caminho, a disposição para dividir e conquistar província atrás de província, estado atrás de estado. Seria o caso de perguntar se nesse contexto o ISIS é um instrumento deles forjado clandestinamente nas entranhas da Chechênia e no deserto da Líbia (ambos são ex campos de ação soviética). Em face disso, o Ocidente não sabe o que fazer. Como se pode lutar pela soberania ucraniana se o próprio governo ucraniano é um ponto de interrogação? Esse ponto de interrogação também confronta os guerreiros americanos. Ele confronta todos aqueles países que foram tomados pela classe de governantes refinados e de tom esquerdista, politicamente correto e igualitário. Foi Evan Sayet quem os descreveu melhor: “Para o esquerdista moderno... a única explicação para o sucesso é que o sucesso, por sua própria existência, é prova de alguma tramoia ou intolerância. O fracasso, pela sua própria existência [...] para eles é prova de que alguém foi vítima de alguma coisa”.

Nosso declínio foi sem dúvidas um processo gradual. Foi, e tem sido, um processo inorgânico; isto é dizer que houve conjuntamente conveniência,sabotagem e imposição até chegar ao estado atual. Não foi um processo natural, mas sim o resultado da efetiva interferência e oposição ao que é natural. Deve-se considerar antes de tudo que ele foi uma invenção ideológica. E os perigos que sempre estão presentes numa ideologia são: (1) seu caráter artificial cujas origens são francamente neuróticas ou psicóticas; (2) na sua sede de sangue; (3) na sua insensibilidade e (4) no seu niilismo. Eu concluo essa breve edição de feriado com uma citação do livro Double Lives de Stephen Koch: “O meio político marxista-leninista [...] é um terreno propício aos paranoicos — e é por essa razão que um homem como Stálin tenha crescido justamente dentro dele”.
04 de setembro de 2014
Jeffrey Nyquist
Tradução: Leonildo Trombela Junior 

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