"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

ELEITOR, É HORA DE ACABAR COM A REELEIÇÃO E RESTABELECER A ALTERNÂNCIA NO PODER





Estamos diante de uma sucessão presidencial de características especiais. Um dos pontos mais importantes é a reeleição. Está na hora de os eleitores decidirem se querem manter a reeleição ou refluir para o sistema de 5 anos de mandato. Entre os três candidatos que concorrem com condições de vitória, dois deles já se manifestaram contra a reeleição – Aécio Neves e Marina Silva.

No sistema atual, que é propositadamente injusto, o presidente da República não se desincompatibiliza e concorre mantendo o pleno domínio da máquina do governo, usando a caneta republicana e detendo a chave dos cofres do Tesouro Nacional.

Com base no exemplo desse presidencialismo continuísta, governadores e prefeitos também acabaram se beneficiando nessa versão política da Farra do Boi, ganhando o esdrúxulo e inaceitável “direito” de concorrer ao segundo mandato sempre em condições privilegiadas. Com essa manobra, FHC ficou dois mandatos. Lula também se deu bem e ainda conseguiu eleger a sucessora.

ARDIL DA REELEIÇÃO

Muitos brasileiros já perceberam que esse ardil criado no primeiro governo do sociólogo Fernando Henrique Cardoso é uma arma poderosa contra a mais importante instituição da democracia – a alternância no poder.

Coincidência ou não, 79% do eleitorado expressaram desejo de mudança na pesquisa Datafolha divulgada na última sexta-feira, e os governadores de 16 das unidades da Federação (incluindo o Distrito Federal) estão em situação difícil nas eleições deste ano.

A crise afeta tanto os que disputam a reeleição quanto os que tentam emplacar o sucessor. Dos 17 que buscam um segundo mandato, apenas cinco lideram as pesquisas de intenção de voto. Três estão empatados e sete em desvantagem, de acordo com pesquisas Ibope e Datafolha (não há levantamentos desses institutos na Paraíba e em Tocantins, onde os governadores disputam a reeleição).
Em 2010, dos 18 que tentaram a reeleição, 13 foram bem-sucedidos, ou 72%.

É IMPORTANTE PARTICIPAR

O cidadão é muito desprotegido num país como o Brasil, onde os três Poderes tentam inventar uma Ilha da Fantasia em meio a um mar de corrupção. Sua única arma é o voto. É compreensível que, diante dessa poluição política, muitos eleitores estejam dispostos a anular o voto ou a não eleger ninguém que já tenha mandato, forçando uma renovação total, o que seria outra injustiça, pois ainda há parlamentares que cumprem seus mandatos com honra e perseverança. São poucos, mas existem, não merecem ser afastados da política.

Repetindo: dois candidatos são contra a reeleição. Escolha um deles e vote acertadamente, para que volte a existir maior alternância de poder em nosso país. Se não o fizermos agora, as próximas gerações terão de fazê-lo Do jeito que está é que não pode continuar. Pensem nisso.

04 de setembro de 2014
Carlos Newton

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