"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

CONFRONTO ENTRE MARINA E DILMA TRAZ INFORMAÇÕES IMPORTANTES

  


O confronto entre Dilma e Marina começou logo no primeiro bloco e se repetiu durante todo o programa organizado pelo SBT, o jornal Folha de S. Paulo, o portal UOL e a Rádio Jovem Pan.

A candidata do PT à reeleição, questionou de onde Marina Silva vai tirar os recursos para conseguir o investimento necessário para cumprir as promessas de campanha.
Dilma afirmou que os investimentos do programa do PSB somam R$ 140 bilhões divididos em educação, saúde e passe livre para estudantes da rede pública que estão no programa de governo.

MARINA DIZ QUE DILMA NÃO RECONHECE ERROS

Marina Silva não respondeu claramente de onde virão os recursos e Dilma contra-atacou:
— Não disse de onde vai vir o dinheiro, tem que dizer de onde vai vir o verba.
As promessas da senhora equivalem ao montante que nós gastamos em Saúde e Educação. E nós triplicamos os valores repassados a essas áreas — criticou Dilma fazendo menção ao programa de governo de Marina não ter citado o pré-sal.

Marina respondeu afirmando que os recursos do pré-sal estão garantidos:
— O dinheiro do pré-sal já está assegurado e nós vamos fazer bom uso do dinheiro. Vamos antecipar a meta com investimento na educação em tempo integral. O pré-sal deve ser explorado — afirmou Marina

Após ser confrontada com os resultados fracos nos últimos anos e a baixa aprovação, Dilma voltou a chamar Marina para o embate, questionando a proposta de autonomia do Banco Central. A ex-senadora, por sua vez, afirmou que a presidente tem dificuldade para “assumir seus erros” na política econômica.

— Dilma não consegue fazer uma coisa essencial, que é reconhecer os erros. Se não reconhece, não tem como reparar. Ela disse que ia controlar inflação, aumentar o crescimento e baixar os juros.
Hoje temos o contrário. Quando as coisas vão bem, é 100% de louros para o seu governo. Quando vão mal, é culpa da crise internacional.
Segundo a presidente Dilma, a queda na atividade econômica é “momentânea” e culpou a seca, os feriados e conjuntura econômica internacional.

— Não estamos em recessão — disse Dilma explicando:

— A inflação está próxima de 0, o crédito ampliado, a bolsa se valoriza há sete meses e o Brasil é o quinto país que mais recebe investimento. EUA, Japão e Alemanha tiveram crescimento negativo. A nossa diferença é que não enfrentamos a crise desempregando nem arrochando salário.

EDUARDO JORGE PRESSIONA MARINA SOBRE ABORTO

Marina teve que responder sobre a legalização do aborto e das drogas. Durante o embate, Eduardo Jorge (PV) perguntou sua posição sobre o tema. Na opinião dele, que diz defender o fim da criminalização em algumas situações há 20 anos, a lei trata como “criminosas de 600 mil a 700 mil mulheres que fazem interrupção de gravidez todo ano”.

— Não é uma discussão fácil. Envolve questões filosóficas, morais e espirituais. Eu não satanizo ninguém que defende a legalização das drogas. O que eu quero é fazer um debate para que, através de um plebiscito, discuta essas questões — disse Marina.

Aécio não foi questionado por nenhuma das duas primeiras colocadas nas pesquisas. No dia em que o coordenador de sua campanha, senador Agripino Maria (DEM-RN) anunciou que o PSDB poderia oferecer apoio a Marina num eventual segundo turno, Aécio guardou o ataque à candidata do PSB timidamente nas considerações finais:

— Temos dois campos políticos. O do governismo, que fracassou e vai entregar um país pior do que recebeu há quatro anos. No campo das mudanças, tem várias alternativas, mas duas aparecem com mais consistência. Repito que acredito nas boas intenções da Marina, mas ela não consegue superar as enormes contradições que vem do seu programa de governo, e defende hoje teses que combatia há pouco tempo.

O senador apostou em críticas a economia e relembrou o escândalo do Mensalão e as denúncias de corrupção da Petrobras para atacar Dilma Rousseff. Ele voltou a defender o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e falou sobre o baixo crescimento econômico:

— Precisamos explicar o que significa o Brasil crescer negativamente, menos 0.6% no segundo trimestre. Significa que os tão alardeados empregos estão indo embora. Esta é a realidade, país que não cresce não gera empregos, apenas nos últimos três meses na indústria de São Paulo, apenas de São Paulo, foram quinze mil postos de trabalho a menos. Os dados de julho e de junho desse ano foram os piores da série histórica dos últimos dez anos – criticou.

AÉCIO RELEMBRA CORRUPÇÃO NO GOVERNO PT

No segundo bloco, foi questionado sobre casos de corrupção envolvendo o PSDB, como o cartel do metrô e trem em São Paulo e a suspeita de pagamento de propina para a aprovação da emenda da reeleição, no governo Fernando Henrique. Aproveitou a resposta para criticar a forma como o PT tratou os denunciados no escândalo do mensalão: “heróis nacionais”, nas suas palavras.

— Jamais transformamos e transformaremos lideranças em mártires.
No caso do PT, houve uma condenação da maior corte brasileira, que deve ser respeitada. O PT não ajuda ao sentimento e ao entendimento das novas gerações que existe uma mesma justiça pra todos.
Após o debate, Aécio disse que gostaria de ter feito perguntas a Marina, mas que não pode por conta das regras do debate.
— Vou ter chance de perguntar no próximo — declarou Aécio.

04 de setembro de 2014
Deu no Globo

Um comentário:

  1. Ouvi que DILMA efetuará alterações no bolsa família, mudando o agente financiador, o que pode acarretar em maiores dificuldades para obtenção do bolsa família.

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