"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

                          EU VOTO AÉCIO  45

Lula pode ser acionado por fugir de intimações do MPF sobre denúncias de Marcos Valério no Mensalão II


 
Luiz Inácio Lula da Silva pode ter problemas imediatos com o Judiciário. Desde cedo circula a informação de que Lula pode ser alvo de uma ação por estar se recusando, há sete meses, a colaborar e a atender a intimações para depoimentos sobre a segunda rodada do processo do Mensalão.

Lula estaria fugindo de fazer manifestações sobre o inquérito que apura as denúncias de Marcos Valério Fernandes de Souza ao Ministério Público Federal sobre o total conhecimento do ex-Presidente da República sobre tudo que redundou na Ação Penal 470 do Supremo Tribunal Federal. Será que o MPF vai mesmo pressioná-lo ou tudo não passa de fogo de palha pré-eleitoral?

Lula tem uma preocupação objetiva: não tem mais foro privilegiado para responder por eventuais broncas judiciais. Preferiu não cumprir o plano de disputar uma vaga ao Senado por São Paulo, para reconquistar alguma imunidade parlamentar e, ao mesmo tempo, ajudar seu fracassado “poste” Alexandre Padilha a obter o milagre de se eleger governador.

Outras enormes preocupações

Lula também teme que dois casos judiciais de grande repercussão, além do Mensalão e do abafado escândalo da Operação Porto Seguro (com a amiga Rosemary Noronha), respinguem em seu mítico nome. O primeiro é a Lava Jato – que se torna mais crítica com a ameaçadora delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa – a quem Lula chamava, carinhosamente, de Paulinho. O segundo é o que pode se desdobrar das ações judiciais contra Eike Batista, até outro dia "grande amigo" e "parceirão"...
 

A pergunta que não quer calar é: Alguém se lembra da badalada reunião de Dilma Rousseff com 28 mega-empresários do Brasil, em 22 de março de 2012, na qual estava presente o então badalado e prestigiado Eike Batista (que aparece na fotografia na ponta esquerda)?

Outra pergunta que não quer calar é: O que será que Lula da Silva e Dilma Rousseff falam dele, agora, que Eike está denunciado pelo Ministério Público Federal por diversos crimes: formação de quadrilha, indução de investidores a erro, falsidade ideológica e insider trading (informação privilegiada para manipular o mercado), além da investigação sobre lavagem de dinheiro tocada pela Polícia Federal?

O PTitanic resiste a afundar pela via eleitoral. Mas tem risco de terminar com a blindagem do casco quebrada pela ação do Judiciário. A aposta dos petistas é sempre na impunidade ampla, geral e irrestrita que amaldiçoa a República Sindicalista do Brazil. Mas, se a canoa virar, para surpresa generalizada, os ratos terão de ser bons nadadores, para não morrerem no oceano de merda que engrossa a cada segundo.

O sem graça de tudo é que as pesquisas induzem a vitória reeleitoral de Dilma Rousseff, mesmo com tantas denúncias de corrupção e a evidente crise econômica – que obriga o governo a fazer malabarismos verbais na propaganda, junto com manobras arriscadas no câmbio, nas contas públicas e, em breve, nas tarifas públicas manipuladas para frear uma inflação que insiste em subir.

Ou a grande maioria do eleitorado brasileiro é realmente formada por imbecis, idiotas, ignorantes, cínicos ou pragmáticos beneficiados por clientelismos, ou um grande esquema de compra de votos, combinado com fraude eleitoral, está em andamento para assegurar a continuidade do PT nos apodrecidos poderes da República.
 

Rosemary Noronha, Paulo Roberto Costa, Marcos Valério, Henrique Pizzolato e Alberto Youssef são alguns personagens com potencial para virar a República de cabeça para baixo. Só vai depender do Judiciário cumprir seu papel... Justamente aí (sem trocadilho infame), mora o problema... 

Releia:
Sorridente Presidência de Lewandowski cuidou das tensas delações premiadas da Lava Jato
 
Mundo desabando

O Ministério Público e a Polícia Federal querem investigar e ouvir diretores do Bradesco, Itaú, Santander, HSBC e BB - para apurar se houve possível conivência com a lavagem de dinheiro investigada no âmbito da operação Lava-Jato.

Se a lava Jato chegar, realmente, ao sistema financeiro, das duas uma:

Ou a casa cai de uma vez, ou a impunidade terá de ser comprada a peso de ouro.

Qualquer bebê de colo sabe que Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa e companhia limitada não teriam condições de lavar mais de R$ 10 bilhões, sem alguma conivência de grandes instituições financeiras...

 

Sorridente Presidência de Lewandowski cuidou das comprometedoras delações premiadas da Lava Jato


Não foi à toa que Ricardo Lewandowski assumiu ontem a Presidência da República Federativa do Brasil, durante viagens de Dilma e Temer, e impedimentos políticos-pessoais de Renan e Alves. O presidente do Supremo Tribunal Federal teve a espinhosa missão de também presidir ontem uma tensa reunião que tratou das delações premiadas resultantes dos vários processos da Operação Lava Jato – que investigam lavagens de dinheiro que ultrapassam R$ 10 bilhões.

A tensão ficou mais alta na reunião com a confirmação de que o doleiro Alberto Youssef voltou atrás e agora também deseja embarcar na delação premiada adotada pelo seu parceiro Paulo Roberto Costa. O caso ganhou preocupação infernal porque o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, rejeitou o que definiu como “cartel de leniência coletivo” proposto pelas empreiteiras e fornecedores da Petrobras apanhados, com provas, na Lava Jato. A temperatura do inferno subirá quando se mexer com os bancos que agiram como lenientes parceiros de Youssef e Paulo Costa.

Tudo que o PT não desejava era que tal acordo fosse fechado antes do primeiro turno da eleição – no qual as pesquisas amestradas indicam a vitória de Dilma Rousseff. O temor gigante é que denúncias comprometedoras da Lava Jato vazem agora e, pior ainda, depois, em meio à guerra de foice no escuro do segundo turno. O azar dos petistas é que a pressão de bastidores feita por eles parece ter conseguido o efeito contrário. Apavorou o doleiro Alberto Youssef – que já estava amedrontado com as revelações de Paulo Roberto Costa, da contadora Meire Poza, de seu sócio Carlos Alberto Pereira da Costa e da doleira Nelma Kodama.  

Quem definiu, objetivamente, a atitude de Youssef foi seu advogado Antônio Figueiredo Basto – que é contra a delação premiada: “Bateu o desespero”. Basto analisou que Youssef aceitou colaborar com a força-tarefa por pressão da família e porque, de repente, viu-se cercado de delatores. Outro advogado de Youssef, o estelar Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, também justificou a reação de Youssef: “Quebraram a resistência do cara com uma prisão de seis meses. Ele está alquebrado. Tínhamos uma tese imbatível, mas a pressão falou mais alto”.   

O advogado Basto revelou que Youssef decidiu fazer acordo de delação ontem à tarde – coincidindo com a tensa reunião comandada pelo sorridente Presidente Lewandowski, em Brasília. Nesta quarta-feira, Basto e Youssef terão um novo encontro na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Em seguida, o advogado deverá apresentar ao Ministério Público Federal a proposta de acordo.

Se realmente toda sujeira vier à tona, o Brasil será obrigado a passar por uma faxina geral. O problema atual é que o departamento de limpeza não demonstra, claramente, disposição de começar o trabalho efetivo. Por isso, é altíssimo, o risco de o escândalo bilionário acabar punindo apenas alguns bodes expiatórios, para que muitos políticos poderosos, da base aliada do governo, sejam poupados. É enorme a chance de se repetir o que aconteceu com o Mensalão. Agora, quase todos os condenados estão soltos, desfrutando do que faturaram, sem que se tenha chegado ao verdadeiro chefão da quadrilha (que o Supremo Tribunal Federal decidiu que nem existiu).

Por enquanto, quem paga o pato calado é o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolatto, continua preso na Itália – e a petralhada nem quer que se lembre dele nestes tempos eleitorais. Só se Valério e Pizzolato quebrarem o silêncio forçado pelas pressões é que algo muito grave pode acontecer (ou não) na República Sindicalista do Brazil, até logo mais governada pelo sorridente ministro Ricardo Lewandowiski.
 
Por onde anda o Lobão?



Dever de casa


Disputa infernal

                           
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus. Nekan Adonai!

24 de setembro de 2014
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.

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