"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

A HIPOCRISIA DO LULOPETISMO


O presidente no paralelo Luiz Inácio Lula da Silva, depois de um mutismo ensurdecedor, resolveu falar. Lula adora ouvir a própria voz e quando se expressa não poupa nem mesmo o idioma pátrio.
Além de maltratar a gramática, eliminar os plurais e se utilizar de termos chulos – como no caso da analista de investimentos do banco Santander – o palanqueiro de araque decidiu dar lições de moral aos seus adversários.
 
No primeiro momento do seu palavrório Lula destratou o presidente mundial do Santander, enquadrando-o como incompetente.
Afinal, o CEO de um dos maiores conglomerados financeiros da Europa não soube sequer recrutar uma analista de mercado.
E teve mais: Lula se colocou à disposição do presidente mundial do Santander oferecendo seus préstimos como analista de conjuntura e se prontificando a receber o bônus destinado a funcionários da instituição financeira.
 
Debochado e perdendo a compostura – o que é do seu feitio – Lula poderia ser grato à direção do Santander, que lhe pagou 200 mil dólares para proferir uma palestra na sede do grupo na Espanha. Não me façam perguntas que não sei responder: não faço a menor ideia sobre o que Lula tem a ensinar a banqueiros europeus.
 
Esquecendo-se das diversas viagens internacionais em que transportou a segunda-dama, Rosemary Noronha, a bordo da aeronave presidencial, às custas do contribuinte, o mandachuva petista se arvorou a dar lição de moral ao candidato Aécio Neves, com referência ao aeroporto na cidade de Claudio. Lula teorizou: “o Estado não pode ser tratado como propriedade para benefício de família”.
 
Pura hipocrisia, senão veja-se: como é notório, o avião presidencial é propriedade do Estado, assim como as sedes das embaixadas brasileiras, no entanto Rosemary Noronha, que dividia os lençóis com o ex-presidente, se esbaldou em viagens para o exterior flanando no Airbus presidencial e se aboletando nos aposentos das embaixadas brasileiras mundo afora.
É sabido que o sistema de telefonia é concessão estatal, mas o filho Lulinha recebeu 10 milhões de reais da Telemar, como aporte numa empresa mequetrefe de jogos para celular, isso como se fosse a coisa mais normal do mundo essa relação incestuosa entre o público e o privado.
De monitor de zoológico, em poucos anos, Lulinha se transformou num empresário bem sucedido, de fazer inveja a um Ronaldinho.
 
Mas ainda não é tudo: logo que assumiu a presidência da República Lula fez do SESI um entreposto petista, instalando em cargos importantes sindicalistas de baixa qualificação intelectual, mas com salários obscenos para a realidade brasileira.
Perdendo totalmente a vergonha, o ex-presidente fez de sua nora, Marlene Araújo da Silva, casada com Sandro Luiz da Silva, alta funcionaria do SESI com um salário de 13.500,00 com direito a não comparecer ao trabalho.
Marlene se concede formação acadêmica em ‘eventos”, sabe-se lá o que vem a ser isso, e que sua principal atividade é na área de “relações institucionais”, esquecendo-se de dizer com quais instituições se relaciona.
Em reportagem da revista Época ficou constatado que Marlene Araújo, a quarta nora, faz parte da folha de pagamento do SESI, mas sem necessidade de retribuir com trabalho os 13.500 que embolsa mensalmente.
 
Nesse mesmo SESI, a mulher do mensaleiro João Paulo Cunha recebe um salario de 23 mil reais, como gerente de marketing. Faz sentido. É essa gente que se arvora em dar lição de moral ao senador Aécio Neves. 

05 de agosto de 2014
Nilson Borges Filho, mestre, doutor e pós-doutor em direito e articulista colaborador deste blog. Foi professor da UFSC e da UFMG e Juiz do TRE de Santa Catarina.

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