"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 22 de junho de 2014

FRITADA PELO PRÓPRIO PT, DILMA ENFRENTA ESFACELAMENTO DE APOIOS NOS ESTADOS



Manifestações de apoio partidário a Dilma é apenas para manter os cargos e benesses... 
 
Os principais partidos que prometem apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff estarão em palanques opostos aos do PT na maioria das disputas estaduais deste ano. A Folha levantou as pré-candidaturas já anunciadas para governador, vice-governador e senador de PMDB, PSD, PP, PR, PDT e PTB, aliados do Palácio do Planalto com as maiores bancadas na Câmara dos Deputados. Em todas essas legendas, a quantidade de candidatos que disputarão votos contra um petista supera a de nomes que deverão compor chapa com a sigla.
O PMDB lidera em número de candidaturas contrárias ao PT. No cenário atual, em 16 Estados há um peemedebista em uma chapa majoritária oposta à chapa petista. É o que ocorre em Estados de peso eleitoral como São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Em oito Estados, além de disputar contra o PT local, o aliado apoiará um dos prováveis adversários de Dilma.
No Acre e na Bahia, peemedebistas estarão em coligação que dará palanque para Aécio Neves, que concorre à Presidência pelo PSDB. Em Pernambuco, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, o partido dará palanque para Eduardo Campos, pré-candidato pelo PSB. No Piauí e em Roraima, o PMDB integra alianças tanto com PSDB quanto com PSB.
Maior partido da base governista, o PMDB confirmou neste mês, com 59% dos votos na convenção, o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff. O PDT já confirmou em convenção nacional o apoio a Dilma, mas terá candidatos disputando contra petistas em sete Estados e estará no mesmo palanque em três. No Distrito Federal, o deputado Reguffe (PDT) será candidato a senador na chapa de Rodrigo Rollemberg (PSB), que dará palanque para Eduardo Campos.
Entre os dirigentes de partidos, a lógica do "cada um por si" nos Estados é justificada pelas especificidades locais. O apoio a outro presidenciável é visto como natural, sobretudo quando o aliado encabeça a chapa contra um petista. É o caso do PMDB, de Nelsinho Trad (MS), e do PP, de Ana Amélia Lemos (RS). "Respeitamos as alianças regionais, mesmo que elas sejam com partidos de oposição. Mas o partido está com Dilma", diz Mário Negromonte, vice-presidente do PP.
O PDT é a exceção, pois defende apoio a Dilma mesmo em casos de aliança com partidos de oposição. O presidente do PDT, Carlos Lupi, critica a intenção de Reguffe de apoiar Campos. "Ele não vai fazer campanha para ninguém [para presidente]. No máximo, que faça a campanha dele. Nacionalmente, estamos com o PT."
O PSD, que tem lançado dúvidas sobre o apoio prometido a Dilma, disputará contra o PT em ao menos dez Estados e estará junto em dois. O PP compõe duas chapas com o PT e está contra em 12. Deverá dar palanque para Aécio em cinco Estados. Em Pernambuco, a sigla está com Campos. Já o PR estará com o PT em três Estados e será seu adversário em cinco. Além disso, deve dar palanque para Aécio Neves no Acre e para Eduardo Campos no Rio Grande do Norte.
DESERÇÃO
 
O PTB, que havia prometido apoio a Dilma mas a trocou por Aécio Neves, já dava sinais de fragilidade na aliança e deve compor palanques com os petistas somente em Pernambuco e no Piauí. Os maiores problemas entre os dois partidos estão em Minas Gerais, Estado de Aécio, e no Pará, onde Duciomar Costa (PTB) caminha para fechar aliança com o PSB e pedirá votos a Campos. Na Paraíba, Wilson Santiago (PTB) avança em acordo para sair candidato ao Senado na chapa tucana. Afirma, porém, apoiar Dilma.
 
(Folha de São Paulo)

22 de junho de 2014
in coroneLeaks

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