Os resultados melhoraram em 2013, mas a empresa precisa gerar mais recursos em seus próprios negócios para cumprir com o plano de negócios programado até 2018
Os resultados econômico-financeiros da Petrobras melhoraram em 2013 e a perspectiva de aumento de produção passou a ser mais realista, em função da elevada produtividade dos poços perfurados nos campos do pré-sal. No entanto, para viabilizar seu vultoso plano de negócios nos próximos quatro anos, a empresa terá de contar essencialmente com os recursos gerados pela venda de seus produtos. Ao divulgar os números do quarto trimestre, fechando o balanço do ano passado — lucro de R$ 23,5 bilhões, 11% acima do resultado de 2012 —, a Petrobras definiu algumas metas importantes, como, por exemplo, reduzir o seu grau de endividamento em comparação ao tamanho do patrimônio da companhia. O plano de negócios não prevê a emissão de ações e nem a contratação de novas dívidas, a não ser as necessárias à rolagem das atuais. São passos necessários para a estatal reconquistar a confiança abalada dos investidores.
Em face dessas limitações, a Petrobras ajustou seu programa de investimentos até 2018, com um corte equivalente a US$ 16 bilhões (menos 6,8%) comparado ao que fora projetado no ano passado. Em 2013, a Petrobras investiu R$ 104, 4 bilhões, um crescimento expressivo (24%) em relação ao exercício anterior. No entanto, mesmo com a recuperação nos preços dos principais derivados de petróleo que a empresa vende no mercado interno (mais 20% no óleo diesel e 11% na gasolina) e de ganhos de eficiência na produção, a estatal teve de recorrer a endividamento, e ainda precisou se desfazer de ativos para cobrir os desembolsos ao longo do ano passado.
Com a contribuição dos poços que estão entrando em operação no pré-sal, a Petrobras projeta para 2014 um aumento de produção de petróleo de 7,5%, interrompendo um processo de queda preocupante. A importação de derivados com preços acima dos definidos pelo governo para o mercado interno continuará absorvendo recursos preciosos do caixa companhia, que poderiam ser utilizados inclusive para acelerar a conclusão das refinarias que ajudarão o país a diminuir essa dependência de óleo diesel, gasolina e gás de cozinha trazidos do exterior. É pouco provável que essa questão se resolva em 2014, porque a inflação já está em patamar elevado e não há espaço para absorver impactos causados por reajustes nos chamados preços administrados, sem que os índices ultrapassem o teto (6,5%) da meta estabelecida pelo governo. O último reajuste nos preços do diesel e da gasolina foi um dos fatores que fizeram a inflação em dezembro subir mais do que o esperado, impedindo que o índice fechasse o ano ligeiramente abaixo da variação registrada em 2012.
Em ano eleitoral, ninguém tem a ilusão que o governo correrá o risco de repetição do que aconteceu em 2013. A própria presidente Petrobras, Graça Foster, ao comentar o plano de negócios, disse que conta com a equiparação dos preços internacionais e domésticos para 2015. Então a empresa deve se preparar para mais um ano difícil.
Os resultados econômico-financeiros da Petrobras melhoraram em 2013 e a perspectiva de aumento de produção passou a ser mais realista, em função da elevada produtividade dos poços perfurados nos campos do pré-sal. No entanto, para viabilizar seu vultoso plano de negócios nos próximos quatro anos, a empresa terá de contar essencialmente com os recursos gerados pela venda de seus produtos. Ao divulgar os números do quarto trimestre, fechando o balanço do ano passado — lucro de R$ 23,5 bilhões, 11% acima do resultado de 2012 —, a Petrobras definiu algumas metas importantes, como, por exemplo, reduzir o seu grau de endividamento em comparação ao tamanho do patrimônio da companhia. O plano de negócios não prevê a emissão de ações e nem a contratação de novas dívidas, a não ser as necessárias à rolagem das atuais. São passos necessários para a estatal reconquistar a confiança abalada dos investidores.
Em face dessas limitações, a Petrobras ajustou seu programa de investimentos até 2018, com um corte equivalente a US$ 16 bilhões (menos 6,8%) comparado ao que fora projetado no ano passado. Em 2013, a Petrobras investiu R$ 104, 4 bilhões, um crescimento expressivo (24%) em relação ao exercício anterior. No entanto, mesmo com a recuperação nos preços dos principais derivados de petróleo que a empresa vende no mercado interno (mais 20% no óleo diesel e 11% na gasolina) e de ganhos de eficiência na produção, a estatal teve de recorrer a endividamento, e ainda precisou se desfazer de ativos para cobrir os desembolsos ao longo do ano passado.
Com a contribuição dos poços que estão entrando em operação no pré-sal, a Petrobras projeta para 2014 um aumento de produção de petróleo de 7,5%, interrompendo um processo de queda preocupante. A importação de derivados com preços acima dos definidos pelo governo para o mercado interno continuará absorvendo recursos preciosos do caixa companhia, que poderiam ser utilizados inclusive para acelerar a conclusão das refinarias que ajudarão o país a diminuir essa dependência de óleo diesel, gasolina e gás de cozinha trazidos do exterior. É pouco provável que essa questão se resolva em 2014, porque a inflação já está em patamar elevado e não há espaço para absorver impactos causados por reajustes nos chamados preços administrados, sem que os índices ultrapassem o teto (6,5%) da meta estabelecida pelo governo. O último reajuste nos preços do diesel e da gasolina foi um dos fatores que fizeram a inflação em dezembro subir mais do que o esperado, impedindo que o índice fechasse o ano ligeiramente abaixo da variação registrada em 2012.
Em ano eleitoral, ninguém tem a ilusão que o governo correrá o risco de repetição do que aconteceu em 2013. A própria presidente Petrobras, Graça Foster, ao comentar o plano de negócios, disse que conta com a equiparação dos preços internacionais e domésticos para 2015. Então a empresa deve se preparar para mais um ano difícil.
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