"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

COPA: CUSTO DOS ESTÁDIOS É MAIS QUE O TRIPLO DO PREVISTO

Primeiro levantamento técnico da Fifa antes de o Brasil ser escolhido como sede, em 2007, vira coleção de promessas quebradas e avaliações duvidosas

Dilma se encontra com o presidente da Fifa, Josep Blater, em Zurique, na Suíça (AP)
O custo dos estádios para a Copa de 2014 já supera em mais de três vezes o valor informado pela CBF à Fifa quando o Brasil apresentou seu projeto para sediar o Mundial. Cópia do primeiro levantamento técnico da Fifa, fechado em 30 de outubro de 2007, informava que as arenas custariam 1,1 bilhão de dólares, cerca de 2,6 bilhões de reais. A última estimativa oficial, porém, confirma que o valor chegará a 8,9 bilhões de reais.
 
O informe foi produzido e assinado por Hugo Salcedo, que coordenou a primeira inspeção no Brasil entre agosto e setembro de 2007. Na época, a Fifa considerou que o orçamento havia sido "bem preparado" e que "não havia dúvidas" sobre o compromisso do Brasil de atender às exigências. Curiosamente, a Fifa esteve em apenas cinco das dezoito cidades que naquele momento brigavam para receber a Copa. Das escolhidas, não foram visitadas Fortaleza, Recife, Salvador, Natal, Curitiba, Cuiabá e Manaus.
 
A Fifa não disfarçava que o trabalho de reforma e construção dos estádios seria um desafio. "Os padrões e exigências da Fifa vão superar em muito qualquer outro evento realizado na história do Brasil em termos de magnitude e complexidade. Nenhum dos estádios no Brasil estaria em condições de receber um jogo da Copa nos atuais estados", dizia o comunicado de 2007. "A Fifa deve prestar uma especial atenção nos projetos."
 
Aeroportos - O relatório elaborado antes de o Brasil ganhar o direito de sediar a Copa é, hoje, verdadeira coleção de promessas quebradas e avaliações duvidosas. "A infraestrutura de transporte aéreo e urbano poderia atender de forma confortável as demandas da Copa". O transporte urbano também seria suficiente e a Fifa garantia que um "serviço de trem de alta velocidade vai ligar Rio e São Paulo". Considerava a infraestrutura hoteleira suficiente e, ao avaliar o sistema de saúde, fez elogios aos hospitais, apontados como "referência internacional".

27 de janeiro de 2014
Veja

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