"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 15 de dezembro de 2013

QUE FALTA FAZ UM NELSON RODRIGUES...



Senão, como explicar a quase unanimidade em considerar que, mesmo tendo direito a permanecer na primeira divisão do futebol, caso a Portuguesa perca os pontos previstos por ter escalado irregularmente um jogador na última partida, o Fluminense, em nome de uma tal dignidade que só existe na cabeça deles, deve abrir mão desse direito - que será legítimo, caso a Portuguesa seja mesmo punida - e disputar a segunda divisão no ano que vem.

Nessas horas é que faz falta um Nelson Rodrigues para cair de pau nesses lorpas, pascácios e bovinos, tão cegos que não enxergam o óbvio ululante das regras, que existem para serem obedecidas. Decerto o tricolor está, pelo que apresentou em campo, no lugar que merece, o 17º. Mais certo ainda que, nem tanto os jogadores, mas o presidente do clube, Peter Siemsen, e quem manda nele, Celso Barros o dono da Unimed, foram os responsáveis pelo fiasco ao se desfazerem de jogadores importantes e de, inexplicavelmente, demitir Abelão, um senhor técnico, após três ou quatro derrotas que fazem parte do roteiro de qualquer time subitamente modificado.

Mas nada disso vem ao caso. Não foi o Fluminense quem procurou a Justiça e sim a Justiça que está procurando dar ao clube uma chance por motivos totalmente fortuitos. Caso se confirme mesmo a irregularidade da escalação do atleta da lusa paulista no último jogo, quando entrou aos 32 minutos do segundo tempo, o erro foi exclusivamente dela e, tanto a coisa se mostra clara, que o advogado do clube, suposto responsável por comunicar a suspensão do jogador, segundo consta, não o fez e já foi demitido.

Como diria Nelson Rodrigues, se acontecer do Fluminense permanecer na primeira divisão, é porque já estava escrito há dois mil anos e não há tricolor vivo ou morto hoje que não esteja confortavelmente calçado com as sandálias da humildade, reconhecendo os erros de 2013, mas certos que o ano que vem será de glórias.

Quanto aos jornalistas-torcedores, que vão lamber sabão para peidar bolhinhas!
 
15 de dezembro de 2013

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