"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

PT TRANSFORMA MENSALEIRO EM TESOUREIRO


Carlos Manoel
A Conexão Mensalão pode ser conhecida no blog Feijoada Política
 
No mês em que os réus do mensalão começaram a ser presos, o PT do Rio escolheu como seu novo tesoureiro um dirigente que recebeu R$ 100 mil do valerioduto. Empossado no último dia 30, o novo secretário de Finanças do partido, Carlos Manoel Costa Lima, apareceu nas investigações da CPI do Mensalão, em 2005. O dinheiro foi sacado em uma agência do Banco Rural em agosto de 2003, primeiro ano do governo Lula. A origem era uma conta da DNA, empresa usada por Marcos Valério de Souza para disfarçar a fonte de repasses feitos a políticos e assessores partidários que se envolveram no esquema.
 
Costa Lima afirma ter usado os R$ 100 mil para quitar dívidas de campanha da então governadora Benedita da Silva (PT) à reeleição, em 2002. Benedita perdeu aquela eleição para Rosinha Matheus (então no PSB).
 
CAIXA DOIS
 
Costa Lima reconhece que o dinheiro era de caixa dois, ou seja, nunca foi declarado à Justiça Eleitoral, como determina a lei. No entanto, ele diz entender que não cometeu crime. O petista foi citado 22 vezes em depoimento de Manoel Severino dos Santos, ex-presidente da Casa da Moeda, à CPI do Mensalão. Santos confirmou ter orientado o aliado a usar os R$ 100 mil do valerioduto para quitar as dívidas da campanha de Benedita de Silva com seus fornecedores. O dinheiro foi sacado e entregue a Costa Lima pelo também petista Carlos Roberto Macedo Chaves, ex-subsecretário de Fazenda do município de Mesquita (RJ).
 
O novo tesoureiro do PT fluminense foi ouvido pela Polícia Federal nas investigações sobre o mensalão, em depoimento ao delegado Luís Flávio Zampronha. Contudo, ele não entrou na lista de 40 denunciados pela Procuradoria-Geral da República, que concentrou a acusação nos pagamentos feitos a políticos de Brasília.
 
Ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio, Costa Lima ajudou a coordenar, nos últimos meses, a campanha de Benedita a presidente estadual do PT. Derrotada, a ex-governadora o indicou como representante de seu grupo político na nova Executiva do partido no Estado. Procurado pela Folha, o novo presidente do PT no Estado, Washington Quaquá, defendeu a nomeação de Costa Lima para o cargo e disse que o aliado é "sério, pobre e honestíssimo". Como secretário de Finanças do PT fluminense, Costa Lima deve cuidar das contas da campanha do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) a governador em 2014.
 
(Folha de São Paulo)

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