Grupo arrematou a área de Libra com pagamento à União de 41,65% do lucro em óleo, o mínimo exigido pelo edital
O consórcio formado por Petrobrás, as chinesas CNOOC e CNPC, a francesa Total e anglo-holandesa Shell arrematou a área de Libra, com uma proposta de pagamento de 41,65% do lucro em óleo para a União, exatamente em linha com o porcentual mínimo de 41,65% exigido no edital. O anúncio foi feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Rio de Janeiro.
O consórcio liderado pela Petrobrás e as estatais chinesas foi o único a apresentar proposta pelo prospecto de Libra, no primeiro leilão do País que atende às novas regras do modelo de partilha aplicadas pelo governo brasileiro. Ao todo, onze empresas estavam habilitadas para o certame.
O leilão realizado hoje, o primeiro de uma área do pré-sal, reuniu menos interessados do que o previsto inicialmente. Após grandes multinacionais da indústria, tal como a Exxon Mobil, a BP e a Chevron, optarem por não disputar o leilão, o governo estimou que até quatro consórcios poderiam apresentar proposta pelo direito de exploração da área. O cenário mais otimista, contudo, não se confirmou.
O edital do leilão estabelecia antecipadamente que o consórcio vencedor pagaria R$ 15 bilhões de bônus de assinatura e que a Petrobrás teria uma participação mínima obrigatória de 30% do grupo, além de ser a operadora das atividades no local.
O prospecto de Libra tem mais de 1,5 mil quilômetros quadrados e representa a maior descoberta de petróleo do Brasil. De acordo com a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, a área poderá ter pico de produção de 1,4 milhão de barris por dia, o equivalente a 70% da atual capacidade de produção nacional, hoje de aproximadamente 2 milhões de barris diários em média.
21 de outubro de 2013
Sabrina Valle, Wellington Bahnemann e Mônica Ciarelli, da Agência Estado
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