"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

MESMO COM RECEITA EXTRA DO PRÉ-SAL, META FISCAL PERMANECE DISTANTE

Apesar do esforço do governo para apressar o leilão do campo petrolífero de Libra e obter a receita extraordinária de R$ 15 bilhões, permanecem remotas as chances de fechar as contas do ano com os resultados prometidos.
 
Ao todo, União, Estados e municípios devem poupar, na teoria, R$ 111 bilhões neste ano para o abatimento da dívida pública. Considerado o mau desempenho até agosto, com receitas abaixo do esperado e despesas em alta contínua, o cumprimento da meta depende de um saldo de R$ 57 bilhões neste último quadrimestre.
 
No ano passado, quando as contas do governo estavam melhores do que agora, a poupança dos últimos quatro meses foi de R$ 31 bilhões _mas, se descontada uma série de truques de contabilidade utilizados em dezembro, de apenas R$ 12 bilhões.
 
Mesmo que o governo repita esse resultado, some ao montante a receita do pré-sal e ainda a arrecadação adicional a ser obtida com os recém-abertos programas de parcelamento de dívidas tributárias (R$ 12 bilhões na estimativa mais otimista), o saldo do quadrimestre não chegaria a R$ 40 bilhões.
E daí?
 
O impacto mais imediato da deterioração das contas públicas, neste momento, é a alta dos juros. Quanto mais o governo se distancia de suas metas para as contas públicas, maior é o risco de os juros subirem e permaneceram altos por mais tempo.
 
Isso acontece porque as políticas monetária (que define os juros) e fiscal (que administra receitas e despesas do governo) hoje caminham em direções opostas. O Banco Central está elevando sua taxa para esfriar o consumo e deter a alta dos preços; já o Tesouro Nacional está injetando dinheiro no consumo _por meio de salários, benefícios sociais, incentivos tributários e compras governamentais_ na tentativa de estimular a economia.
 
 Assim, quanto mais o Tesouro gasta, mais os juros tendem a subir.  Não por acaso, as projeções para a alta da taxa do BC até dezembro subiram de 9,75% para 10% ao ano, chegando a 10,25% no final do ano eleitoral de 2014.

21 de outubro de 2013
UOL

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