"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 8 de setembro de 2013

A SIGLA DO FEITOR


 
 
O desrespeito pela autoridade brasileira em qualquer escalão se consagrou com a invasão da Câmara em Brasília pelo grupo de baderneiros do MLST em 2006. O fato ocorreu 15 dias depois que bando de criminosos do PCC de aterrorizou a polícia e parou São Paulo. E alguns meses depois que a facção de bandidos do CV invadiu unidade militar no Rio de Janeiro para subtrair armas desta instituição.
 
Juntando-se a estes a invasão e destruição de laboratórios no Rio Grande do Sul e o tumulto de Carajás, passamos a perceber o claro quadro completo da desordem social que reina em nosso território. A população ordeira (que paga os impostos sem gemer) está oprimida pelas criminosas siglas existentes no país: as violentas citadas acima comandadas por armas de fogo e as “legais” (produzidas por armas de tinta) que rotulam os pesados impostos que deveriam nos proteger contra as primeiras.
 
Todos estes fatos na verdade constituem atos programados de treinamento das diversas facções criminosas que estão se aperfeiçoando a cada ano com os seguintes objetivos:
 
a)   Analisar a capacidade tática e estratégica dos grupos arruaceiros.
b)   Testar o poder de defesa (?) de nossas instituições falidas.
c)   Conferir a pouca vontade política das autoridades em restabelecer a ordem pública (e grande vontade em receber “algum” por fora).
d)   Avaliar quanto custa o estado de impunidade implantado pelos legisladores corruptos.
 
Se estes quatro itens forem positivamente aprovados, os pilantras passam a ter certeza de que possuem total poder de decidir quando se apossarão das propriedades particulares (fazendas, condomínios, indústrias) e do comando da nação (já que patrocinam parte deste).
 
Pela reação pouco entusiasmada, ineficiente e covarde por parte daqueles que ganham bem e prometem zelar pela tranqüilidade da sociedade e preservação do patrimônio público, passamos a ter certeza (já “suspeitávamos desde o início”, com dizia o Chaves-Chapolim) de que existe algum tipo de “acordo” tenebroso entre as “autoridades” oficiais e os violentos comandos que estão a serviço (via caixa 2) daquelas.
 
E no meio do núcleo deste furacão de imoralidade que nos envolve com brutalidade, ficamos pagando impostos que correspondem a 45% de nossos ganhos obtidos anualmente para sustentar a corja de gatunos engravatados que nos cercam. Ficamos paralisadas, anestesiados, amedrontados, acovardados e desarmados (para isto realizaram aquela coleta de armas há alguns anos).
 
Permanecemos inutilmente imaginando que nossos atuais líderes farão algo para reverter este quadro caótico que lhes confere ganhos ilícitos em altas proporções. Caminhamos perdidos sonhando com os belos cenários exibidos nas pífias novelas de tv. Perdemos a capacidade de distinguir liberdade com libertinagem.
 
Não aprendemos a decidir, protestar e exigir nossos direitos. Nos resignamos com o destino traçado por abutres que nos conduzem para o estado de eterna colônia das águias famintas. Não sabemos (ou não temos orgulho) ensinar aos nossos filhos a entoar o hino nacional nem o significado de cada estrela da bandeira da pátria. Escondemo-lhes o futuro negro que estamos polindo para eles.
 
Não sabemos reconhecer pessoas de bons propósitos para cargos públicos.
 
Não sabemos em quem votar.
 
Nem sabemos nem como votar NULO!
 
08 de setembro de 2013
Haroldo P. Barboza é Professor e Escritor. Autor do livro: Brinque e cresça feliz.

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