Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) articulam o afastamento do procurador da República, Deltan Dallagnol, do comando da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba.
A movimentação acontece após os magistrados Alexandre de Moraes e Luiz Fux solicitarem, nesta quinta-feira (1º), uma cópia das mensagens hackeadas dos celulares de centenas de autoridades do Brasil.
A decisão, segundo o jornal Folha, pode caber a Moraes, no âmbito do controverso inquérito das fake news, relatado por ele.
A reação do STF acontece após publicação de nova reportagem da Folha, em parceria com o site panfletário Intercept, com mais algumas mensagens obtidas ilegalmente. O novo material divulgado mostra que Dallagnol incentivou colegas a investigar Dias Toffoli, atual presidente do Supremo.
Em nota, a Lava Jato negou ter lançado qualquer investigação sobre os ministros do STF, e afirmou:
“Os procuradores da República confiam nas instituições e respeitam os integrantes do STF. Além disso, eles não reconhecem as mensagens oriundas de crime cibernético e que têm sido usadas, de forma editada ou fora de contexto, para embasar acusações e intrigas que não correspondem à realidade.”
Nos bastidores, ainda segundo a Folha, os ministros buscam os caminhos para que o afastamento de Dallagnol ocorra.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, tem sido pressionada a determinar essa medida a partir de Brasília. Nesta quinta-feira (1º), ela convocou uma reunião de emergência para discutir o assunto.
02 de agosto de 2019
renova mídia
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