"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

HADDAD E MANOELA VÃO PERCORRER O PAÍS PARA CONSOLIDAR A CAMPANHA DE LULA

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Na reta final, Valéria  assumir como vice de Haddad

Falando na tarde de ontem à Globonews, Fernando Haddad afirmou que ele e Manoela D’Avila vão percorrer o país iniciando a campanha do ex-presidente Lula às eleições de outubro. Iniciativa inusitada porque, antes de tudo, tem de se decifrar, segundo a lógica do ex-prefeito de São Paulo, quem será o vice do outro. Pois, afinal de contas os dois foram indicados candidatos a vice, com o PT não deixando claro quem será o vice de quem. A colocação, como é natural, provoca risos uma vez que a lei não permite candidatura dupla para compor a chapa partidária.
Assim, está na cara que a chapa que emerge desse enigma, claro enigma, para citar Drummond é que Haddad disputará a presidência e Manoela a vice-presidência, recebendo o apoio de Lula, que, nesta altura dos acontecimentos já foi envolvido pela certeza de que será declarado inelegível.
APOIO A HADDAD – A decisão do Partido dos Trabalhadores conduz a uma mudança no cenário eleitoral. Porque é absolutamente claro que Lula dará seu apoio ao ex-prefeito da cidade de São Paulo e que foi ministro da Educação durante seu governo.
Dessa forma, pode mudar o panorama para o segundo turno. Os eleitores de Lula serão mobilizados para seguir na estrada com Haddad à frente. O segundo turno de outubro parece inevitável, com base nas pesquisas realizadas. Mas não há evidência sobre os dois que serão colocados frente a frente. Não se pode fazer qualquer previsão sobre os dois que ficarão como finalistas.
MOURÃO TRAPALHÃO -Bolsonaro lidera os levantamentos tanto do Ibope quanto do Datafolha, num panorama sem Lula. Até segunda-feira podia se considerar que estaria presente nas urnas no segundo turno. Mas agora é preciso que se leve em conta se as declarações do general Hamilton Mourão vão prejudicar sua imagem. Pode se admitir até uma semelhança com o caso dos marmiteiros na campanha presidencial de 1945, que prejudicam o brigadeiro Eduardo Gomes.
As questões de raça são profundamente sensíveis. Vamos aguardar novas revelações se o general Mourão prejudicou ou pelo menos reduziu a influência de Bolsonaro no posicionamento ideológico do qual faz parte.
A questão dos vice é curiosa: antigamente eram eleitos separadamente dos presidentes. Assim aconteceu com Café Filho em 1950, com João Goulart em 1955 e com ele também em 1960. Aliás tornou-se o primeiro caso de reeleição no país. Foi um caso decidido pelo Supremo Tribunal Federal. O advogado de Jango foi Santiago Dantas. Mas o passado o vento levou. Vamos ver agora qual o destino dos candidatos no desfecho de outubro.
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ABRIL DEMITE 500 E FECHA VÁRIAS REVISTAS
A editora Abril em comunicado a seus funcionários, documento ontem publicado pelo O Globo, anunciou que vai encerrar a publicação de 10 revistas, entre as quais a Veja Rio. Vai demitir 500 funcionários, 170 dos quais jornalistas. A empresa alega que em 2017 teve um prejuízo de 331 milhões de reais, montante 140% maior do registrado em 2016.
Mais um golpe no mercado de empregos no Brasil. Quanto menos emprego, menor será o consumo, também menor será a receita de impostos e arrecadação do INSS e FGTS. Coisas da vida brasileira. Só se pensa em cortar empregos. Cobrar tributos é outra conversa.

09 de agosto de 2018
Pedro do Coutto

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