IRMÃOS E MATRIARCA RESPONDEM POR LAVAGEM DE DINHEIRO E ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
MINISTÉRIO PÚBLICO AFIRMA QUE DINHEIRO ERA PROPINA PARA OS POLÍTICOS
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou nesta terça-feira, 8, a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra o deputado federal Lúcio Vieira Lima e o irmão dele, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, ambos do MDB, no caso dos R$ 51 milhões em dinheiro vivo, encontrados pela Polícia Federal (PF) em um apartamento em Salvador (BA) no ano passado.
Com isso, os irmãos se tornaram réus e passarão a responder a uma ação penal na Corte pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Ao analisar a denúncia, o STF também acolheu a acusação contra Marluce Vieira Lima, mãe de Geddel e de Lúcio; Job Ribeiro, ex-assessor de Lúcio Vieira Lima; e Luiz Fernando Costa Filho, sócio da empresa Cosbat.
O relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin afirmou haver “elementos suficientes” para justificar a abertura de ação penal, com base em depoimentos, provas documentais e periciais. Em breves votos, os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello acompanharam o relator.
Fachin descreveu crimes de corrupção e peculato que são investigados em outros inquéritos como suficientes para indicar a origem do dinheiro e a existência de associação criminosa no seio da família Vieira Lima.
O processo agora passará para uma nova etapa de apuração, com prováveis novas diligências e coleta de depoimentos. Segundo a denúncia, os ilícitos começaram em 2010 e perduraram até 2017.
Em razão da ingerência de Geddel Vieira Lima na Caixa, segundo a PGR, foram desviados e apropriados R$ 170 milhões em vantagem ilícita, por ele e outros acusados, valor que inclui os R$ 51 milhões encontrados no apartamento. Geddel foi preso no dia 8 de setembro do ano passado, três dias depois de a PF ter encontrado o dinheiro no imóvel de um amigo do político.
Segundo a Polícia Federal, parte do dinheiro teria como origem um esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal, entre 2011 e 2013. Na época, Geddel era vice-presidente de Pessoa Jurídica da instituição. De acordo com a defesa de Geddel, a origem dos R$ 51 milhões decorre da "simples guarda de valores em espécie".
Segundo a defesa, esses valores são fruto de "investimentos no mercado de incorporação imobiliária, com dinheiro vivo". Após a apreensão, o dinheiro foi depositado em uma conta judicial. O processo tramita no STF devido ao cargo ocupado por Lúcio Vieira Lima, que ainda foi acusado de peculato, por supostamente ter se apropriado de 80% dos salários de um ex-assessor parlamentar. Ele nega as acusações.
09 de maio de 2018
diário do poder
MINISTÉRIO PÚBLICO AFIRMA QUE DINHEIRO ERA PROPINA PARA OS POLÍTICOS (FOTO: REPRODUÇÃO) |
MINISTÉRIO PÚBLICO AFIRMA QUE DINHEIRO ERA PROPINA PARA OS POLÍTICOS
A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou nesta terça-feira, 8, a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra o deputado federal Lúcio Vieira Lima e o irmão dele, o ex-ministro Geddel Vieira Lima, ambos do MDB, no caso dos R$ 51 milhões em dinheiro vivo, encontrados pela Polícia Federal (PF) em um apartamento em Salvador (BA) no ano passado.
Com isso, os irmãos se tornaram réus e passarão a responder a uma ação penal na Corte pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Ao analisar a denúncia, o STF também acolheu a acusação contra Marluce Vieira Lima, mãe de Geddel e de Lúcio; Job Ribeiro, ex-assessor de Lúcio Vieira Lima; e Luiz Fernando Costa Filho, sócio da empresa Cosbat.
O relator da Lava Jato, ministro Edson Fachin afirmou haver “elementos suficientes” para justificar a abertura de ação penal, com base em depoimentos, provas documentais e periciais. Em breves votos, os ministros Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Celso de Mello acompanharam o relator.
Fachin descreveu crimes de corrupção e peculato que são investigados em outros inquéritos como suficientes para indicar a origem do dinheiro e a existência de associação criminosa no seio da família Vieira Lima.
O processo agora passará para uma nova etapa de apuração, com prováveis novas diligências e coleta de depoimentos. Segundo a denúncia, os ilícitos começaram em 2010 e perduraram até 2017.
Em razão da ingerência de Geddel Vieira Lima na Caixa, segundo a PGR, foram desviados e apropriados R$ 170 milhões em vantagem ilícita, por ele e outros acusados, valor que inclui os R$ 51 milhões encontrados no apartamento. Geddel foi preso no dia 8 de setembro do ano passado, três dias depois de a PF ter encontrado o dinheiro no imóvel de um amigo do político.
Segundo a Polícia Federal, parte do dinheiro teria como origem um esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal, entre 2011 e 2013. Na época, Geddel era vice-presidente de Pessoa Jurídica da instituição. De acordo com a defesa de Geddel, a origem dos R$ 51 milhões decorre da "simples guarda de valores em espécie".
Segundo a defesa, esses valores são fruto de "investimentos no mercado de incorporação imobiliária, com dinheiro vivo". Após a apreensão, o dinheiro foi depositado em uma conta judicial. O processo tramita no STF devido ao cargo ocupado por Lúcio Vieira Lima, que ainda foi acusado de peculato, por supostamente ter se apropriado de 80% dos salários de um ex-assessor parlamentar. Ele nega as acusações.
09 de maio de 2018
diário do poder
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