"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

DORIA MANDA CANCELAR INAUGURAÇÃO DO VIADUTO DONA MARISA LETÍCIA



Charge do Adolar (adolar.com.br/)
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), cancelou nesta segunda-feira, dia 1º de janeiro, o evento de inauguração do viaduto que levará o nome da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva, previsto para esta quarta-feira, dia 3. Doria determinou que a via, na região de Santo Amaro, Zona Sul da capital paulista, seja aberta ao trânsito – sem solenidades – já nesta terça-feira.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa da Prefeitura afirma que o tucano acatará a escolha do nome da mulher do ex-presidente Lula ao viaduto, aprovada pela Câmara Municipal no início de dezembro e sancionada pela Prefeitura na semana passada, embora discorde dela. João Doria considera “injusta” a homenagem a Marisa Letícia, falecida em fevereiro de 2017, porque ela era investigada na Operação Lava Jato e “nunca morou na cidade”.
“A escolha do nome do viaduto é prerrogativa da Câmara Municipal e fruto de um acordo entre a maioria dos vereadores — e apenas por isso respeitado pela administração municipal, apesar da discordância do prefeito em relação à injusta homenagem prestada a alguém envolvido no maior escândalo de corrupção já registrado no país e que nunca morou na cidade nem jamais lhe trouxe qualquer benefício”, diz a nota.N
“CANETADA” DO INTERINO  – O projeto de lei que dá o nome de Dona Marisa Letícia ao viaduto foi sancionado na última sexta-feira, dia 29 de dezembro, pelo prefeito em exercício de São Paulo, o vereador Milton Leite (DEM), que ocupa o cargo nas ausências de Doria e Bruno Covas (PSDB), vice-prefeito, ambos em viagens pessoais.
O texto aprovado na Câmara e foi um substitutivo apresentado pelo próprio Leite e o vereador Paulo Reis (PT) ao projeto original, assinado pela bancada do PT, que previa a homenagem em outro local: o prolongamento da avenida Chucri Zaidan, também na zona sul de São Paulo, em uma região mais nobre, o bairro Chácara Santo Antônio. O projeto original sofria forte resistência da base aliada ao prefeito João Doria – por isso, houve uma alteração negociada, que envolveu a articulação de Milton Leite.
A via inicia-se na Estrada do M’Boi Mirim e termina na confluência da avenida Luiz Gushiken – outro nome ligado ao PT, ex-deputado federal e ex-ministro, morto em 2013 – com a rua Adilson Brito, passando por cima da rua Daniel Klein. A obra do viaduto deve ser concluída em março de 2018.
EX-PRIMEIRA-DAMA ERA INVESTIGADA
A ex-primeira-dama era ré em dois processos da Operação Lava Jato. Depois de sua morte, por complicações decorrentes de um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba, extinguiu a punibilidade de Marisa Letícia em ambas ações.
Em uma delas, que apura o pagamento de propinas a Lula pela empreiteira OAS por meio da compra e da reforma de um tríplex no Guarujá, o petista foi condenado por Moro a 9 anos e 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Neste episódio do “viaduto da discórdia”, vale destacar que durante meses o projeto na Câmara Municipal de São Paulo ficou parado. Ocorre que o texto original, aprovado em primeira votação em março, previa a homenagem na Chácara Santo Antônio, bairro nobre da capital, contrariando a vontade de muitos moradores da região.
Somente após a apresentação de um substitutivo que previa que o nome de Marisa Letícia seria dado ao viaduto que se inicia na Estrada do M’Boi Mirim e termina na confluência da avenida Luiz Gushiken – outro nome ligado ao PT, ex-deputado federal e ex-ministro, morto em 2013 – com a rua Adilson Brito, no extremo da Zona Sul da cidade, é que o projeto de lei foi aprovado. Isso já em em 12 de dezembro, de forma simbólica e sem votação nominal.

02 de janeiro de 2018
Deu na Veja

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Ainda que mal pergunte, qual a contribuição política ou social de D. Marisa, que justifique atribuir seu nome a um viaduto? Ter sido esposa de Lula? Que justificação deu o PT na Câmara Municipal para alcançar tal feito? É assim que se constroi mitologias urbanas... Ainda bem que poucas pessoas são capazes de saber a biografia ou os feitos da grande maioria dos nomes que estão nas placas dos logradouros.
Será apenas mais uma placa.  
m.americo

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