"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 28 de janeiro de 2018

A LEI GANHOU DA CORRUPÇÃO E DA ARROGÂNCIA: 3 x 0

Barra de São Miguel, AL - A condenação de Lula por corrupção e lavagem de dinheiro por unanimidade pelo TRF-4 de Porto Alegre só evidencia uma frase manjada, mas tão atual nesses dias: ninguém está acima da lei. Se o ex-presidente pensava que o exército vermelho do Stédeli iria amedrontar e pressionar os desembargadores, quebrou a cara. Os juízes não deram a mínima bola para o que acontecia fora do tribunal. Com serenidade e munidos de provas consistentes sobre a prática do crime de Lula, que envolve o triplex de Guarujá, eles aumentaram para doze anos a pena do petista, tornando-o inelegível.

A lei venceu por 3 a 0 a arrogância e a corrupção petista. Aquela “molecada”, como o Lula se referia aos procuradores, ganhou. Agora o grande chefe da seita está a um passo da cadeia. A condenação de Lula só nos leva a uma certeza: a consolidação da democracia em um país que se propõe a fazer valer a lei para todos. Desde que o Lula deixou o poder que a cúpula do PT está morando em presídios. Começou pelo Zé Dirceu. De lá pra cá a fila só andou com todos os tesoureiros do partido, parlamentares e empresários que participaram do conluio para roubar o país.

Na quarta-feira, faltou mortadela e pão em Porto Alegre para o exército vermelho do Stédeli. Muitos dos seus recrutas, inclusive, reclamaram do recheio que desapareceu dos pães, sanduíches completos distribuídos apenas à elite do agrupamento durante a passeata. O “Dia de Fúria”, apregoado por Zé Dirceu para desestabilizar o país, não aconteceu. Com o anúncio da sentença, os sem terra que chegaram em ônibus fretados, deixaram o local em paz, pois estão entendendo que não devem entrar na baderna incentivada por Stédeli e por outros maluquetes petistas que proclamam a revolução armada para salvar o chefe da cadeia.

Do dia 24 pra cá aconteceu de tudo no país, menos a ruptura das instituições democráticas que continuam sólidas desde o impeachment do Collor, liderado pelo atual senador Lindbergh Farias, fantasiado de cara pintada. Os seguidores de Lula chiam nas redes sociais, o próprio fala que foi injustiçado e não cumprirá nada que foi decidido pelos desembargadores como se ele encarnasse o mais poderosos de todos os déspotas da história. Tudo fanfarrice, pois se quisesse mesmo praticar a desobediência civil, como diz, não entregaria o passaporte à Polícia Federal a pedido do juiz Ricardo Leite, do Distrito Federal, que o proibiu de viajar para Etiópia a convite do petista José Graziano, para quem ele arrumou uma boquinha na FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e a Agricultura).

Na mesma linha de agressão à justiça aparecem Lindbergh e a senadora Gleisi Hoffmann, que defendem a insurreição, a luta armada, o desapreço e o confronto à justiça. Ainda não perceberam que os mortadelas de Stédeli são os mesmos que se movem de um canto a outro do país como peregrinos atrás do seu salvador. O povo em geral, com o seu silêncio, apoiou a prisão de Lula e a do resto da quadrilha. O Stédeli, inconformado com a falta de recursos públicos nos cofres da sua entidade, abre a boca pra dizer sandices. Questiona os desembargadores. Diz que se o Lula for preso “mata e esfola”. Bobagem, coisa de imbecil despreparado que não sabe respeitar as instituições do país.

Gleisi, que parece mais aquelas fanzocas de bandas de rock que choram pelos seus ídolos, não tem postura política. Fala o que vem à cabeça. E quando fala, pelo amor de Deus!, só diz besteira como aquela de que se o Lula for preso “muita gente vai morrer”. Quando tudo isso acabar e ela refletir diante do espelho, certamente vai se perguntar: “Será que fui tão idiota assim”? Mas é assim mesmo, parte do povo brasileiro já acompanhou e acompanha líderes messiânicos: Antônio Conselheiro, Padre Cícero, Edir Macedo, Valdemiro e Plínio Salgado, que defendia o nazi-fascismo, e outros que manipulavam a massa para beneficiar-se a si próprio e a seus seguidores da seita.

O ódio que os petistas têm da maioria da população, que não come no seu cocho, até se justifica desde que perderam as boquinhas no serviço público com a expulsão da Dilma de Brasília. Eram milhares de empregados fantasmas, incompetentes, ineficientes, usurpadores do dinheiro público que ganhavam salários apenas para levantar a bandeira vermelha nas ruas a favor da corja. Agora, desempregados, querem tocar fogo no circo. Mas quando coçam os bolsos não têm nem o dinheiro do combustível. Aí é que se tocam que a mamata acabou.

Quem pensa que o Brasil vai acabar com a prisão do Lula pode dormir tranquilo. Como sempre vem acontecendo desde a sua condenação, estoura ali e acolá uma manifestação e depois acaba. A turma que está na rua não é ideológica. Ela é cooptada por líderes carcomidos, arcaicos e desatualizados do que acontece no mundo. Já não lideram nada. Por exemplo: qual foi o efeito prático da reunião do fã clube da corrupção – artistas e intelectuais - em apoio a Lula no Rio e São Paulo? Zero. Os desembargadores se ativeram aos autos e aumentaram a pena dele para doze anos.

Você lembra que na primeira prisão do Zé Dirceu os adeptos da seita petista iam para a porta do presídio da Papuda e gritavam: “Dirceu, o guerreiro do povo brasileiro”. Cansaram quando descobriram que o Zé era um velho chefe de quadrilha, recebia propina da Petrobrás no presídio e enganava a militância enchendo os bolsos de dólares. Nas outras prisões dele, a recebê-lo só o carcereiro do presídio que já o conhecia de outros carnavais.

É assim mesmo, console-se, depois dessa turma, outras certamente vão aparecer no cenário político nacional. E nem por isso o Brasil vai acabar. Já não interessa aos americanos invadirem nada por aqui.


28 de janeiro de 2018
Jorge Oliveira

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