"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

DEPUTADO PREPARA PROJETO DE LEI DESTINADO A IMPOR LIMITES AOS INDULTOS DE NATAL

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Temer ultrapassou todos os limites, diz Alencar
Após o governo, numa manobra sem precedentes, retirar o teto da condenação para criminosos terem direito a perdão judicial, diminuir o tempo necessário de pena cumprida e ainda permitir anistia de multas, o Congresso já esboça uma reação. O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) analisa os termos de um projeto de lei para ser apresentado com o objetivo de limitar a amplitude do decreto anual de indulto natalino, prerrogativa do presidente da República. A intenção, diz o parlamentar fluminense, é não beneficiar “os amigos do rei de plantão”.
Segundo o deputado, as “reformas” implementadas pelo governo Michel Temer no decreto deste ano deixam clara a intenção de beneficiar os condenados por corrupção e outros crimes contra a Administração Pública. A medida, segundo Chico, desvirtua o indulto como importante mecanismo de política criminal adotado na perspectiva da ressocialização.
RESTRIÇÕES — “Acredito que, em fevereiro, já podemos apresentar algum projeto no sentido de estabelecer alguns limites para que o tradicional e respeitável indulto não se torne uma forma de ajudar os amigos do rei de plantão. Nesse governo, uma federação de investigados, acusados e réus, fica muito descarado o objetivo dessas mudanças” — afirma o deputado.
Conforme o Globo revelou, o decreto editado por Temer prevê perdão de 80% da pena, no caso de não reincidentes condenados por crimes cometidos sem violência ou ameaça, como corrupção e lavagem de dinheiro. O perdão independe do tamanho da pena. Antes, somente condenados a até 12 anos poderiam se beneficiar do indulto, que perdoava no máximo 75% da punição. Ficou permitida também a anistia de penas de multa, o que era vedado no texto de 2016.
A reação do Congresso se une a críticas de entidades ligadas ao combate à corrupção, como a Transparência Internacional, e dos integrantes da Lava-Jato.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Ao que parece, Temer perdeu a noção do que pode ou não pode fazer para aliviar as penas de seus companheiros de corrupção. Quando deixar o poder, dia 1º de janeiro de 2019, tudo vai mudar e Temer poderá ser alcançado pela longa mão da justiça. E quando finalmente for preso, vai imitar Maluf e alegar que está com câncer de próstata… (C.N.)

28 de dezembro de 2017
Renata Mariz
O Globo

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