"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 26 de agosto de 2017

TEMER CRITICA JANOT E DIZ QUE DELAÇÃO DE FUNARO NÃO O ATINGIRÁ

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Denúncia de Janot não deveria ser fatiada, diz Temer
Em entrevista ao “SBT Brasil”, o presidente Michel Temer criticou nesta quinta-feira (dia 24) a conduta do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e disse que não está preocupado com a delação premiada do doleiro e corretor de valores Lúcio Funaro. Sem citar o nome do atual responsável pela Procuradoria-Geral da República, o peemedebista disse que a decisão de fatiar uma acusação para prejudicar o denunciado “não é tipicamente uma função para a estatura de um chefe do Ministério Público Federal”. A expectativa é de que o procurador-geral apresente no início de setembro nova denúncia contra o presidente, desta vez utilizando elementos apresentados pelo doleiro contra o comando nacional do PMDB.
“Há procuradores-gerais que entram numa disputa para ver quem ganha. Qual foi a primeira ideia? Vamos fatiar a denúncia. Para que fatiar a denúncia se o inquérito é um só e os fatos estão ali elencados? Foi para dizer: se ele ganhar a primeira, eu venho com a segunda. Se ele ganhar a segunda, eu venho com a terceira. Isso não é tipicamente uma função para a estatura de um chefe do Ministério Público Federal”, disse.
SEM MEDO DE FUNARO – O peemedebista disse ainda que não conhece Lúcio Funaro e que não tem nenhuma relação com ele. “Não tenho temor nenhum. Eu nem o conheço. Se eu o conheço, conheço daquele jeito, de cumprimento, mas não tenho nenhuma relação”, afirmou.
Na entrevista, o presidente refutou ainda a possibilidade de deixar o mandato antes do fim para se candidatar a deputado federal, mantendo assim direito a foro privilegiado.
“Essa questão de prerrogativa de foro não me preocupa e não deve preocupar a ninguém. Não tenho nenhuma intenção de me candidatar a nada”, disse.
FORA DA AGENDA – O peemedebista atacou ainda a crítica feita a ele sobre encontros fora da agenda oficial e em horários fora do expediente administrativo, como o realizado com a futura procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Ele disse que essa cobrança deve acabar porque conversa “com quem quiser”, a hora que achar “mais oportuna” e “onde quiser”. Segundo ele, quem fala que 22h é tarde, “deve ser porque trabalha até as 18h e acha que depois ninguém pode trabalhar”.
“O presidente trabalha permanentemente e ele não tem local de trabalho.Eu converso com quem eu quiser, a hora que eu achar mais oportuna e onde eu quiser”, disse.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Na entrevista tipo vôlei, o presidente negou que seu governo exerça um “presidencialismo de cooptação”, tentando responder ao programa do PSDB, que usou uma sugestão de FHC. Quanto à delação de Funaro, é certo que Temer fez de tudo para evitá-la, através do então ministro Geddel Vieira, que agora está segurando o rojão, vive chorando e logo irá delatar Temer, para complicar ainda mais a situação. (C.N.)

26 de agosto de 2017
Gustavo Uribe
Folha

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