"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

NA CADEIRA DE ULYSSES GUIMARÃES, O DEPUTADO FUFUCA

O deputado André Fufuca
Fufuca era da tropa de choque de Eduardo Cunha
O Congresso vai viver mais uma semana histórica. A partir desta terça-feira, a Câmara será presidida pelo deputado André Fufuca. Aos 28 anos, o maranhense fará sua estreia no comando de um dos Poderes da República. Ficará no cargo durante sete dias, ou até que alguém consiga tirá-lo de lá.
O deputado de bochechas rosadas deve a honra à viagem de Michel Temer à China. Na ausência do presidente, Rodrigo Maia assumirá seu lugar no Planalto. Ele deveria ser substituído por Fabinho Ramalho, mas o peemedebista preferiu pegar carona na comitiva. 
Nessa dança, a cadeira que pertenceu a Ulysses Guimarães sobrou para Fufuca.
SEGUNDO VICE – O maranhense é o segundo vice-presidente da Câmara. No papel, suas tarefas se limitam a examinar recibos de despesas médicas dos colegas. 
O cargo é cobiçado por outro motivo: dá direito a nomear uma penca de assessores sem concurso.
Fufuca chegou lá graças a um padrinho poderoso: o ex-deputado Eduardo Cunha. Quando o correntista suíço mandava em Brasília, o maranhense cerrava fileiras em sua tropa de choque. A fidelidade era tanta que, segundo o deputado Júlio Delgado, ele chamava o então presidente da Câmara de “papi”.
O jovem parlamentar diz que não era para tanto. Ele já afirmou que considera palavra “papi” muito “efeminada”. “Venho de um Estado onde nós não temos o costume de chamar esse termo”, esclareceu, numa sessão do Conselho de Ética.
FICHA LIMPA Apesar da idade, Fufuca não é um exemplo de renovação na política. Ele antecipou a primeira candidatura porque o pai, prefeito de Alto Alegre do Pindaré, temia ser barrado pela lei da Ficha Limpa.
Virou deputado estadual, e depois federal, com as bênçãos do clã Sarney. Passou por outros dois partidos, PSDB e PEN, antes de se filiar ao PP. No início do mês, Fufuca ajudou a barrar a primeira denúncia criminal contra Temer. Ele disse votar “pela estabilidade política e econômica” do país.

29 de agosto de 2017
Bernardo Mello Franco
Folha

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Por uma semana, talvez mais, talvez menos, o Brasil se 'fufuca'...  Pelas mãos do 'papi', depois das bençãos do 'sir ney', aboleta-se na poltrona do poder, ao que tudo indica, com grande familiaridade, para alegria do 'papi', que curte saudades da caterva enquanto passa férias no xilindró.
E vamos de Fufuca, visto que é o que merecemos, nós, eleitores...
m.americo

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