"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

LULA DEFENDEU A ALIANÇA COM RENAN, EXPLORANDO O MESMO ARGUMENTO UTILIZADO COM TEMER EM 2014

Sem perceber, Lula confirmou em entrevista trecho delatado por João Santana à Lava JatoFOTO: RICARDO STUCKERT

No “Termo de Colaboração 9”, João Santana revelou à Lava Jato detalhes das negociações que antecederam a primeira eleição de Dilma Rousseff
De acordo com o marqueteiro do PT, o partido cogitava nomes como José Alencar, Henrique Meirelles e Nelson Jobim para vaga de vice-presidente na chapa. Mas o PMDB, ainda que com demandas abusivas, oferecia em troca quase três minutos de horário eleitoral por edição. Na ocasião, o então presidente Lula não resistiu à tentação e concordou com a nomeação de Michel Temer.

Em descarada campanha antecipada pelo Nordeste, o ex-presidente foi questionado se havia algum arrependimento pela articulação para colocar Temer no Palácio do Jaburu. Na resposta, sem aparente hesitação, Lula confirmou o trecho delatado por Santana:

“Em 2010, a aliança era importante por tempo de televisão. Em 2014 já não era tão importante colocar o Temer como vice do ponto de vista eleitoral, mas era do ponto de vista da governabilidade.“

Dias antes, ainda na referida agenda pelo Nordeste, Lula usou argumento semelhante a este para defender o apoio que recebia de Renan Calheiros, membro do mesmo PMDB que fora cansativamente chamado de golpista pelo petismo.

“Eu estou convencido que a aliança política continua necessária. O Renan pode ter todos os defeitos, mas me ajudou a governar esse país.”

Mesmo reconhecendo que há defeitos gritantes no senador peemedebista, Lula aceitou a aliança em benefício da governabilidade, ou o mesmo argumento utilizado para justificar o acordo com Michel Temer, que o petista ainda chama de golpista.

Se o esquerdista não faz a menor questão de aprender com os próprios equívocos, que o eleitor absorva a lição e evite repetir o erro em 2018.



29 de agosto de 2017
implicante

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