"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 20 de junho de 2017

CITADO POR JOESLEY, ALIADO DE TEMER TINHA SIDO ALVO DE DENÚNCIA EM 2011



Amigo de Temer, Ortolan recebia mesada da JBS
Citado por Joesley Batista em sua entrevista à revista “Época” e em colaboração premiada como beneficiário de pagamentos em atendimento a suposto pedido de Michel Temer, Milton Ortolan foi afastado do governo federal há pouco mais de cinco anos em função do relacionamento suspeito com um lobista. Ele era secretário-executivo e braço direito do então ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, e pediu demissão do cargo em agosto de 2011, depois que reportagem da revista “Veja” denunciou sua proximidade com Júlio Froés.
De acordo com a revista, Froés era lobista e tinha escritório dentro do ministério, onde negociava licitações e editais. Segundo a denúncia, ele pagava propina a funcionários do órgão.
FOTOGRAFADO – Na época, Froés negou que atuasse no ministério, mas foi fotografado entrando por uma entrada privativa. De acordo com a denúncia, ele tratava os pagamentos a ele com uma exigência de Ortolan, que negou ter sido conivente com irregularidades. O secretário-executivo pediu demissão quando a então presidente Dilma Rousseff exigiu sua saída. Dias depois, foi a vez de Wagner Rossi entregar carta de demissão, ao ser acusado de usar o jatinho de uma empresa do ramo agropecuário.
No depoimento prestado no início deste ano à Lava-Jato, Joesley disse ter atendido a pedido de Temer para que ajudasse Rossi e Ortolan depois que eles saíram do governo. O primeiro teria recebido R$ 100 mil mensais e, o segundo, R$ 20 mil mensais.
“SERVIÇOS PRESTADOS” – Temer nega a solicitação. Em maio deste ano, Ortolan e Rossi confirmaram terem recebido valores de empresas do Grupo J&F, mas alegaram se tratar de pagamento por serviços prestados. Ortolan afirmou ter trabalhado como consultor da Eldorado entre 2012 e 2013, por R$ 15 mil mensais. Rossi disse ter sido contratado depois de obedecer o prazo legal de quarentena. Rossi e Ortolan foram procurados na tarde de ontem, mas não foram encontrados.
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NOTA DA REDAÇÃO
 – Esse pessoal ligado à política tem uma facilidade impressionante de arranjar emprego.  Lembro de Rosemary Noronha, que virou chefe de gabinete da Presidência da República e conseguiu um emprego federal para a filha, que jamais havia trabalhado em lugar algum. Por falar nisso, quando é que o Supremo vai quebrar o sigilo do cartão corporativo da Rose? (C.N.)

20 de junho de 2017
Thiago Herdy
O Globo

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