"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 30 de maio de 2017

MICHEL TEMER DIZ QUE FICA, MAS A BANCADA DO GOVERNO JÁ NÃO ACREDITA

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Charge do Kacio (kacio.art.br)
Enquanto em artigo na Folha de São Paulo deste domingo o presidente Michel Temer diz que permanecerá no cargo até dezembro de 2018, a sua base parlamentar no Congresso – reportagem de Carolina Alencastro, Cristiane Jungblut, Fernanda Krakociks e Júnia Gama, O Globo – não acredita na hipótese. Tanto assim que deputados e senadores passaram a articular a aprovação das reformas, acentuando que elas independem da permanência do presidente no cargo. Em síntese, o que os líderes da bancada do governo quiseram tornar público é que Michel Temer não é o dono do destino das reformas trabalhista e previdenciária; deixaram claro que duvidam da permanência do presidente da República até dezembro do próximo exercício.
De fato, a permanência de Michel Temer torna-se cada vez mais remota, como os fatos políticos assinalam, entre eles o desembarque de aliados da nave do poder. Um dos exemplos também é o do senador Eduardo Lopes, suplente de Marcelo Crivella, que em nome do PRB afirmou que o partido não tem posição oficial a respeito do tema. TRANSIÇÃO – O PMDB, por seu turno, busca uma fórmula de permanecer na equipe do governo seja com ou sem Temer. O impasse entre a sustentação oferecida pelo PMDB e o seu propósito de sobreviver À crise está marcado pela permanência do senador Renan Calheiros como líder do partido no Senado Federal.
O PSDB, através de seu líder na Câmara Ricardo Trípoli, afirma que ainda apoia o presidente, mas que seu futuro é incerto. O senador Ronaldo Caiado, líder do DEM, propôs à Executiva Nacional que o partido desembarque do governo. A única legenda que aparenta firmeza ao lado de Temer é a do PP.
De modo geral, os partidos que se encontram em dúvida estão à espera da decisão do TSE marcada para 6 de junho, quando decidirá se anula ou não os mandatos de Dilma Rousseff e Michel Temer, de acordo com os resultados das urnas de 2014.
APENAS TEMER – Dilma Rousseff já sofreu o impeachment, portanto seu mandato não se encontra em jogo. Como só se encontra em jogo o mandato de Michel Temer, obtém-se  a certeza de que a investidura do vice ocorreu simultaneamente à investidura da ex-presidente. Pois se o Tribunal Superior Eleitoral achasse o contrário não haveria razão para o julgamento de 6 de junho. Assim a tese de Michel Temer de que suas contas de campanha eram desvinculadas das contas de Dilma foi basicamente rejeitada.
O SUCESSOR – As articulações para a escolha do substituto de Temer já incluem principalmente os nomes de Fernando Henrique Cardoso e Tasso Jereissati. Entretanto, em entrevista a Miguel Caballero, O Globo, o ex-prefeito Cesar Maia disse que seu filho  Rodrigo Maia, se conseguir aprovar as reformas que se encontram na Câmara Federal, ganhará destaque e pode ter seu nome cogitado para a presidência. Cesar Maia afirmou não acreditar na vitória do PSDB nas eleições indiretas.
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JBS DEVE 18 BILHÕES DE IMPOSTOS
Alexa Salomão e Josette Goulart, em reportagem no Estado de São Paulo, revelam que a JBS dos irmãos Joesley e Wesley Batista têm uma dívida a curto prazo no Brasil e no exterior da ordem de 18 bilhões de reais. Para o banco JPMorgan, a maior produtora de carne do mundo deve perder até 30% de seu mercado.
Parte da dívida é em dólar outra parte em real. Na parte em real inclui-se o débito de 1 bilhão e 800 milhões para com a Previdência Social. Neste caso não se compreende porque, através do INSS, o governo não cobra tal dívida. O governo fala em reforma da Previdência, mas não se refere ao resgate do que devem as empresas ao sistema previdenciário.

30 de maio de 2017
Pedro do Coutto

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