"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 2 de março de 2017

FUNARO PEDE À PROCURADORIA PARA FAZER ACAREAÇÃO COM YUNES, PADILHA E MELO FILHO


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Funaro decidiu contra-atacar
O economista Lúcio Bolonha Funaro pediu nesta quarta-feira (dia 1º) à Procuradoria Geral da República (PGR) para depor a respeito da acusação de que ele teria entregado um envelope no escritório do amigo e ex-assessor especial do presidente Michel Temer, José Yunes, destinado ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Apontado como operador do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no esquema de corrupção da Petrobras, Funaro está preso em Brasília desde julho do ano passado. Ele é suspeito de operar esquema de propinas na Caixa Econômica Federal junto com Cunha.
O episódio do envelope, relatado por Yunes em depoimento à PGR, teria ocorrido em 2014. Segundo o ex-assessor do Planalto, na ocasião, ele recebeu uma ligação de Padilha pedindo que recebesse um envelope em seu escritório de advocacia em São Paulo. Aos procuradores da República, Yunes disse que foi o próprio Funaro que entregou o envelope.
FUNARO NEGA – O  doleiro nega que o episódio relatado pelo amigo de Temer tenha ocorrido. Tanto que, além de pedir para depor na PGR, também se colocou à disposição para uma acareação com Yunes, Padilha e Cláudio Melo Filho, ex-diretor da Odebrecht que disse ter feito o pagamento ao atual ministro da Casa Civil como pagamento de propina.
Cláudio Melo Filho afirmou em seu pré-acordo de delação premiada que, em um jantar no Palácio do Jaburu, Temer solicitou ao então presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht pagamento ao PMDB. O valor solicitado, segundo o delator, era de R$ 10 milhões. Ainda de acordo com Melo Filho, parte desse dinheiro deveria ser entregue a Padilha.
O delator contou que Yunes recebeu em seu escritório, em dinheiro vivo, R$ 4 milhões que seriam a parte que cabia ao atual ministro da Casa Civil do valor acertado entre Temer e Marcelo Odebrecht.
ACAREAÇÃO – No pedido protocolado nesta quarta-feira na PGR, a defesa de Funaro afirma que o objetivo da proposta é “esclarecer a verdade dos fatos manifestamente distorcidos” no depoimento de Yunes.
Ao G1, o advogado de Funaro, Bruno Espiñeira, disse que pretende processar o ex-assessor de Temer por calúnia. “Ele [Funaro] jamais entregou envelopes. Isso é uma criação do José Yunes. Aí não sei qual é o endereço, qual a motivação. Isso tem de ser apurado”, enfatizou o defensor.
A Procuradoria Geral da República deve pedir a abertura de um inquérito para investigar Padilha. O pedido de investigação deve ser enviado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF).
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – Um dos dois – Yunes ou Funaro – está mentindo, parcial ou totalmente. Ou há uma terceira versão, porque não se pode descartar a possibilidade de Funaro ter mandado entregar o pacote/envelope por um outro portador, que teria se identificado perante a secretária de Yunes como “Lúcio Funaro”, causando a confusão. E assim Funaro e Yunes estariam dizendo a verdade, cada um a seu modo, e por isso os dois estão se oferecendo para uma acareação que significa tudo o que Padilha não quer, nem hoje, nem amanhã nem depois(C.N.)


02 de março de 2017
Renan Ramalho e Luciana Amaral
G1, Brasília

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