"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

PALÁCIO DO PLANALTO AVALIA QUE ELISEU PADILHA, DA CASA CIVIL, É O NOVO ALVO


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Charge do Bier, reprodução do sindbancarios.org.br













O governo avalia que o próximo alvo da crise será o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Nos bastidores do Palácio do Planalto, auxiliares do presidente Michel Temer não escondem a preocupação com o conteúdo das conversas gravadas pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero. Embora Temer tenha dito querer que esses áudios “venham à luz”, na prática existe o receio de que Padilha e o secretário de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, tenham feito alguma afirmação que possa ser interpretada como “advocacia administrativa” em favor do ex-ministro Geddel Vieira Lima.
A queda de Geddel está longe de estancar a crise e a apreensão tomou conta do Planalto. A avaliação é a de que o governo aprovará nesta terça-feira, 29, no Senado, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que limita os gastos públicos, mas pode ter dificuldades mais adiante. Com um cenário de incertezas, aliados do governo já veem uma “conspiração” para derrubar Temer e muitos receberam a missão de investigar se há ligação de Calero com a esquerda ou até com o PSDB do senador Aécio Neves.
CITADO 11 VEZES – No depoimento à Polícia Federal, Calero citou Padilha 11 vezes e disse que ele foi o autor da “tese” segundo a qual a Advocacia-Geral da União buscaria uma saída para resolver a queda de braço entre Geddel e o Iphan. O ex-ministro da Cultura mencionou ainda Gustavo Rocha como o autor de uma ligação “determinante” para sua decisão de deixar o governo, pois, de acordo com suas palavras, “demonstrava a insistência do presidente” em fazer com que ele interferisse indevidamente no processo.
No Planalto, o comentário é que atingir Padilha equivale a um tiro de morte na direção de Temer. Chefe da Casa Civil, o ministro é considerado o “capitão do time” e por seu gabinete passam assuntos que vão da votação da PEC do Teto à reforma da Previdência. O lema de Padilha é “meia vitória é melhor do que uma derrota total”. Neste caso, porém, não é possível prever nem sequer o dia seguinte da batalha.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
 – A excelente repórter Vera Rosa captou bem o clima sinistro que envolve o Palácio do Planalto. Quando Padilha cair, é só questão de tempo, vai levar junto com ele o que resta do núcleo duro – os secretários Gustavo Rocha (Assuntos Jurídicos da Casa Civil) e Márcio de Freitas (Comunicação Social). Quanto a Moreira Franco, desde o início se afastou do núcleo duro e preferiu ficar ao lado de Temer, que é o dono da caneta. Moreira é conhecido como gato angorá, mas na verdade é uma raposa felpuda(C.N)

29 de novembro de 2016
Vera Rosa
Estadão

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