"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

TERCEIRA GUERRA MUNDIAL?



As movimentações de Vladimir Putin são ameaçadoras. É um blefe ou as eleições americanas vão definir se rumamos à Terceira Guerra Mundial?

Guten Morgen, Brasilien! O mundo se assusta com a possibilidade de uma Terceira Guerra Mundial com as recentes movimentações de Vladimir Putin em relação ao Ocidente. Putin é acusado de manipular as eleições americanas para favorecer Donald Trump. A candidata Hillary Clinton até mesmo acusou Trump de ser um “fantoche” de Putin.

Não contente com isso, analistas do Kremlin afirmam que uma vitória de Hillary Clinton geraria quase certeza de uma Terceira Guerra Mundial, e um conflito entre duas potências nucleares não parece um cenário tão fácil de se sair ileso quanto foi a Guerra Fria.

Contudo, para tentar ter um pouco mais de clareza na movimentação do tabuleiro de xadrez geopolítico do mundo, os termos correntes de nossa linguagem parecem terrivelmente confusos. Por que o Kremlin, com seu projeto de restaurar a gloriosa Mãe Rússia dos tempos soviéticos, estaria favorecendo justamente um candidato de direita na América? A esquerda não deveria promover mais a paz contra as guerras “neoconservadoras”?

Para complicar ainda mais, há o magma islâmico. Como ficará o Estado Islâmico e seus possíveis atentados ao Ocidente em caso de uma vitória de Hillary e em caso de vitória de Trump?

É esta revisão de termos que pretendemos realizar nesse episódio de nosso podcast, para tentar enxergar algumas possíveis verdades escondidas sob um vocabulário enviesado, que mais confunde e cega do que ilumina e revela o que acontece no mundo.

Além disso, precisaremos revisar toda a movimentação do tabuleiro geopolítico desde pelo menos o século XIX. Ao invés da mentalidade analógica que tenta sempre fazer analogias com o nazismo e a Guerra Fria (que, como se vê, parece não ter “acabado” como sempre nos ensinaram), é preciso entender o que a Rússia quer com seu expansionismo, que envolve lugares como Chechênia e Ucrânia (uma derrota e uma vitória), além do papel representado por países como a Turquia, que na Primeira Guerra Mundial foi um dos Impérios em disputa, e que era o califado do Império Otamano que justamente o vizinho Estado Islâmico quer hoje reconstruir.

E como ficam países como Arábia Saudita e Irã, cada vez mais claramente em conflito, não apenas entre xiitas e sunitas, pelo controle islâmico da região – e como lidarão com seus aliados seculares? E temos ainda China e Coréia do Norte…

Afinal, Vladimir Putin está blefando? As eleições americanas trarão quais possíveis conseqüências para a geopolítica mundial? Por que há, se há, um risco de uma Terceira Guerra Mundial?

Acautelai-vos, pois.

28 de outubro de 2016
Flávio Mogenstern
senso incomum

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