"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

DELATOR DIZ QUE VARREDURA ANTIGRAMPO FOI FEITA PARA PROTEGER LOBÃO

SEGUNDO POLICIAL, PEDIDO FOI FEITO APÓS PRISÃO DE PAULO ROBERTO COSTA

EM ENTREVISTA A JORNAL, PAULO IGOR BOSCO DISSE QUE SEMPRE QUE O NOME DE UM SENADOR ERA CITADO NA LAVA JATO, ERA FEITA UMA VARREDURA (FOTO: EBC)


O policial legislativo Paulo Igor Bosco Silva, delator da Operação Métis, afirmou que a primeira varredura da Polícia do Senado fora das dependências da Casa teve motivação declarada de proteger o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), das investigações da Lava Jato.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, Silva afirma que o chefe da Polícia Legislativa, Pedro Carvalho, que está preso temporariamente desde sexta-feira, reuniu seus subordinados para explicar as razões da missão no Maranhão.

Segundo a reportagem, o pedido formal para a varredura foi feito pelo gabinete do suplente do ministro de Dilma Rousseff, seu filho, Lobão Filho, logo após a segunda prisão de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e delator de Lava Jato, em junho de 2014. O trabalho nas casas e escritórios da família de Lobão ocorreu cinco dias depois.

O servidor do Senado ainda diz que as conversas sobre a Lava Jato eram tratadas de maneira aberta, mas que nunca era conversado se as operações de vasculhamento rendiam material objetivo. “Era conversado abertamente. Porque, sempre que aparecia o nome de um senador, vinha a varredura”, disse o policial à Folha.

O advogado de Lobão e seu filho, Antonio Carlos de Almeida Castro, defendeu as varreduras e afirmou que esporadicamente havia esse tipo de pedido. 

“É um dever e uma obrigação da polícia legislativa cumprir essas missões. Não há nada de ilegal e nada tem a ver com a Lava Jato. Quem faz esse tipo de acusação é porque descumpriu o dever. O equipamento só retirava grampo ilegal, portanto, seria impossível obstruir investigação”, disse.


25 de outubro de 2016
diário do poder

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