Um grupo de venezuelanos, que mora no Rio de Janeiro, tentou conversar com o cônsul-geral da Venezuela Edgar Alberto González Marín, nesta quinta-feira (1), mas foram impedidos de entrar no prédio e xingados, de fascistas e traidores e até agredidos, por integrantes do Movimento Sem Terra.
Os venezuelanos haviam marcado o encontro com o cônsul para entregar um documento pedindo respeito aos prazos do referendo revogatório que pode diminuir o tempo de Nicólas Maduro na presidência do país.
Além de serem barrados na entrada do consulado, foram ofendidos por integrantes do MST que entraram no prédio e voltaram ao lado do cônsul com bandeiras e pôster a favor de Maduro.
Um dos organizadores da concentração relatou que além de ser xingado, foi empurrado e ameaçado pelos chavistas. William Adrian Clavijo Vitto, 26 anos, disse a revista Veja que, “Um deles me empurrou algumas vezes e disse que sabia que eu morava em Botafogo e estudava na UFRJ, que ainda nos veríamos. São informações que não coloquei em lugar nenhum, está claro que foram fornecidas pelo próprio consulado”. Agora o estudante responsabiliza o cônsul-geral por qualquer atentado contra a integridade física ou qualquer violação dos direitos constitucionais dos cidadãos que estiveram no protesto.
Sem mencionar o fato, o consulado divulgou nota no mesmo dia
“Pela manhã, o cônsul-geral do Rio de Janeiro, Edgar Alberto González Marín, recebeu representantes de movimentos sociais e partidos políticos na sede do Consulado Geral do Rio de Janeiro, que vieram demonstrar seu gesto de solidariedade e apoio ao governo legítimo e constitucional do presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, e contra o fascismo golpista e seus aliados internacionais”
“Nessa oportunidade, além de mensagens de solidariedade, um grupo de percussionistas da União da Juventude Socialista (UJS) cantou frases de apoio ao governo bolivariano”
“Entre os movimentos sociais e partidos políticos, União da Juventude Socialista, Partido dos Trabalhadores (PT-RJ), Brigadas Populares, SOS Aldeia Macaranã, Jornal Inverte e algumas personalidades”.
Na manhã deste sábado (3) haverá uma nova manifestação de venezuelanos na lagoa Rodrigo de Freitas.
04 de setembro de 2016
diário do poder
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