O problema central, portanto, é o triste quadro geral. Tornou-se corriqueiro matar gente no Brasil. E matar gente, por aqui, não garante punição, pois, de cada cem homicídios, apenas algo entre 5 e 8 casos são solucionados. Um forte e lamentável estímulo à impunidade. 175 pessoas morrem A CADA DIA. São mais de 7 pessoas sendo assassinadas A CADA HORA no Brasil.
Daí, há grupos que não buscam solucionar o tétrico quadro de impunidade, mas sim “chamar atenção” para o número de pessoas X, Y, Z que foram mortas. Uma forma baixa, até canalha, de fazer militância ideológica em cima de cadáveres, demonstrando quase nenhum interesse na diminuição do número (geral) de homicídios do país.
E, não por acaso, essa mesma militância alega que punições severas não resolveriam esse quadro. A base deles, pasmem!, é dizer que não funciona no Brasil. Mas, por aqui, é baixíssimo o índice de casos efetivamente punidos. No máximo, 8 em cada 100.
O que falta é exatamente punição. Os números demonstram isso.
Desse modo, é importante trazer os dados concretos em vez de promover militância mesquinha com esse golpe baixo de segmentar vítimas, fazendo parecer que haja tendência de apenas matar X ou Y ou Z. Na verdade, as vítimas de homicídio são gente de todos os tipos e, num total de 64 mil assassinatos por ano, encontra-se taxas recordistas em TODOS os grupos existentes, uma verdadeira barbárie.
Querem mesmo diminuir a matança de mulheres? E também de homens? E de brancos, negros, índios…? Lutem pelo fim da impunidade, lutem para que não escapem da cadeia 92% dos assassinos do país. Lutem para que os homicidas sejam punidos de verdade. Lutem para que eles sejam mandados para a prisão. Parem com essa coisa mocoronga de que “punir não adianta”, usando como base justamente um país que não pune ninguém.
Mas, principalmente, não usem esse verdadeiro genocídio como palanque para ideologias tacanhas. É feio até para vocês.
30 de setembro de 2016
implicante
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