Meritocracia é a crença de que os achievements individuais podem ser objetivamente comparados e hierarquizados de tal forma a facilitar a escolha e seleção de pessoas para ocupar um emprego, obter uma promoção e desenvolver uma carreira profissional de sucesso.
Supõe-se que a meritocracia exista efetivamente em algumas áreas, como as universidades Americanas e Européias.
Ora, o caso de Ludwig von Mises mostra que meritocracia é uma crença, uma quimera.
Mises nunca conseguiu obter uma posição de full professor com tenure na nativa Austria ou nos EUA.
Mises não é apenas um dos maiores economistas do século XX, ele é um dos maiores pensadores do séc. XX.
Como explicar que seu colega de turma Schumpeter fosse o bambambam de Harvard, que os pupilos de Mises, Machlup, Haberler e Hayek ganharam apontamentos de full professor em grandes universidades quando tinham 30 e poucos anos, e para ele nada se concretizou?
Após muito debate e discussão concluiram que Mises nunca foi bem sucedido por 3 motivos: Mises
1) era conservador;
2) era Judeu;
3) era obnóxio.
O paradoxo de Mises envolve os dois primeiros motivos: Na Austria todos os conservadores eram anti-semitas e todos os Judeus que poderiam suportar seu apontamento universitário eram comunistas.
Nos EUA no pós-guerra o anti-semitismo universitário ainda era forte, fato exemplificado pelo caso de Samuelson, que não foi contratado por Harvard, apesar de ser um rising star e seu estudante mais brilhante.
Mas o enigma de Mises tem ainda o elemento
3) sua personalidade forte, inflexível, doutrinária;
Mises tomava ofensa facilmente e considerava corretamente que todos os inimigos da Liberdade são canalhas.
Se a ‘meritocracia’ falhou com Mises, pior para ela.
24 de julho de 2016
in selva brasilis
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