"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

ENDEMIAS: CORRUPÇÃO, ESQUERDISMO, MICROCEFALIA

O Brasil padece de muitas endemias, entre elas as do esquerdismo, da corrupção e da microcefalia. Estas duas últimas, ao que parece, chegaram com as caravelas, mas todas conspiram contra a felicidade nacional.

Mal se dá início a um possível processo de impeachment da presidente da República, e a classe política já se articula para saquear os cofres públicos: o governo se submetendo a chantagens em troca de apoio; seus adversários costurando alianças espúrias para derrubá-lo.

Nessa história, não há espírito público, prevalecem os interesses de facção e as vantagens pessoais. Também não há medo: a operação Lava Jato passa a régua, mas os espertalhões continuam em ação.

Costuma-se dizer que os Estados Unidos e mesmo a Suécia foram países muito corruptos até as primeiras décadas do século passado, como se isso nos servisse de consolo. Isso prova, no entanto, que a corrupção não é hereditária nem fruto de uma eventual inferioridade da raça; se assim é, o que explicaria a reversão desse fenômeno naqueles países?

A explicação mais óbvia é a do desenvolvimento econômico e social, que, ao generalizar as relações de mercado, gera maiores oportunidades de trabalho e, portanto, menor dependência do cidadão em relação ao Estado. Por sua vez, a interdependência funcional dos indivíduos numa sociedade de mercado gera, paradoxalmente, maior liberdade individual e igualdade de direitos e deveres, vale dizer, a cidadania civil, que constrói e dá sustentação à democracia política.

A microcefalia fica por conta do governo paulista e da mídia, que em momento algum esclareceram os objetivos da reforma do ensino contestada por alunos e professores da rede pública estadual.

Teria a transição demográfica levado à redução do número de alunos por sala de aula, tornando as escolas parcialmente ociosas? Que destino louvável seria dado às unidades desativadas? Quantos alunos e professores seriam deslocados, e qual o tempo e o montante a serem gastos por eles com transporte?

Também os manifestantes não foram explícitos a esse respeito. Assisti, na TV, à entrevista de duas lideranças do movimento: uma jovem de 19 anos e um garoto de 16. A entrevista nos leva a dar alguma razão aos estudantes, que desconfiam que a reforma tenha como único objetivo o corte de gastos públicos com a educação.

Os dois entrevistados se dizem de esquerda e argumentam que a separação dos alunos por ciclos seria prejudicial à formação dos mais jovens. Não explicaram o que tem um rapaz de 16, 17 anos a ensinar a uma criança de 8 ou 9. Ao afirmar que, “tal como os estudantes que ocupam as escolas, os operários devem ocupar as fábricas”, o jovem revela que o movimento não se esgota com o recuo do governo, cuja proposta, aliás, pode conter elementos positivos. Mas o apelo ao diálogo não passa de retórica daqueles que se movem pela endêmica e microcéfala ideologia infantojuvenil de extrema esquerda.



11 de dezembro de 2015
Flávio Saliba

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