"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

SÍRIA NÃO É "INCUBADORA" DO ESTADO ISLÂMICO, DIZ ASSAD

PRESIDENTE SÍRIO CULPA OCIDENTE PELA CRIAÇÃO DE JIHADISTAS

“POSSO AFIRMAR QUE O DAESH NÃO TEM UMA INCUBADORA NATURAL, UMA INCUBADORA SOCIAL, NA SÍRIA”, DISSE O DITADOR (FOTO: SYRIAN PRESIDENCY)

O presidente sírio Bashar Al Assad declarou, nessa quarta-feira (18), que o seu país, devastado pela guerra, não é a "incubadora" do grupo Estado Islâmico, culpando o ocidente pela criação de organizações jihadistas.

“Posso afirmar que o Daesh (nome árabe do Estado Islâmico) não tem uma incubadora natural, uma incubadora social, na Síria”, disse o presidente, em entrevista à emissora de televisão italiana RAI.

O treinamento de jihadistas na Síria para os ataques de Paris de sexta-feira passada (13) foi feito devido ao apoio da Turquia, Arábia Saudita e do Catar “e, claro, das políticas ocidentais que apoiaram os terroristas de diferentes modos”, acrescentou.

Segundo ele, o Estado Islâmico “não começou na Síria, começou no Iraque e, antes disso, no Afeganistão”. Bashar Al Assad citou o ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, que afirmou que “a guerra do Iraque ajudou a criar o Estado Islâmico”. A confissão de Blair “é a prova mais importante”, afirmou.

Mais de 250 mil pessoas morreram no conflito na Síria e milhões fugiram, à medida que o Estado Islâmico assumiu o controle de vastas áreas dos territórios sírio e iraquiano, geridas sob severa interpretação da lei islâmica.

Assad defendeu que não pode haver qualquer calendário de transição para as eleições enquanto partes do país estiverem controladas por rebeldes.

“Esse calendário se inicia depois de começarmos a vencer o terrorismo. Não se pode conseguir nada em termos políticos enquanto houver terroristas a se apoderar de muitas áreas na Síria”, disse.

Depois disso, "um ano e meio, dois anos são suficientes para qualquer transição”, comentou. (ABr)



19 de novembro de 2015
diário do poder

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