"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 21 de novembro de 2015

OPOSIÇÃO VAI AO SUPREMO PEDIR AFASTAMENTO DE CUNHA




Mais uma vez numa atitude lamentável, abrindo mão de uma questão, que, como Poder Maior e Independente, poderiam resolver internamente, por ser muito mais de sua competência os congressistas apelam para uma  judicialização totalmente desnecessária. Com isso nossos congressistas abrem mão de suas prerrogativas e demonstram que são totalmente jejunos em Direito, ou não querem trabalhar!
Mas vamos ao que está acontecendo,na Câmara Federal, em relação a seu presidente. A primeira reação objetiva contrária ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha,depois das manobras na quinta-feira para impedir a votação de abertura de processo incriminando-o no Conselho de Ética será dos partidos da oposição, que vão atuar em duas frentes para afastá-lo da presidência. A primeira  será um recurso ao Supremo Tribunal Federal pedindo o impedimento de Cunha no cargo. A segunda é a obstrução das sessões na Câmara, enquanto ele estiver conduzindo os trabalhos.
MANDADO DE SEGURANÇA
O PPS vai protocolar, terça-feira, mandado de segurança no STF objetivando o afastamento de Cunha. Outros partidos podem aderir ao pedido, que vem sendo apreciado pelas assessorias jurídicas de legendas da oposição, como Rede e PSol. O Democratas pretende reunir seus integrantes para decidir a respeito e o PSDB  estuda uma providência semelhante.
Os líderes de partidos de oposição têm se reunido desde quinta-feira  para acertar uma ação conjunta visando impossibilitar que Eduardo Cunha permaneça na presidência da Câmara. Ficou evidente de que, quinta-feira, com o apoio do PT, foi feito um acerto para que não houvesse quórum na sessão do Conselho de Ética, mostrando claramente que há uma aliança entre o peemedebista e o Palácio do Planalto para blindar o presidente da Câmara em troca de manter paralisado o pedido de impeachment .
– Ficou muito claro que Eduardo está jogando junto com o Governo, então a Oposição vai dar uma resposta a isso – declarou o deputado Mendonça Filho, de Pernambuco, líder do DEM.
AÇÃO ORQUESTRADA
Para o vice-líder do PSDB, deputado Nilson Leitão, de Mato Grosso, o objetivo é agir de maneira “orquestrada” para mostrar que Eduardo Cunha não possui mais condições de presidir a Casa.
Segundo ele,”Não é só uma ação, vamos ver todas as ferramentas que temos dentro de Casa. A única coisa certa é que decidimos que Eduardo Cunha não tem mais condições de presidir a Câmara. Vamos obstruir tudo, não vamos deixar ter sessão. Vamos exigir uma posição urgente pelo afastamento do presidente. Semana que vem vai ser decisiva e a oposição vai fazer de tudo para deixar muito claro que ele não tem mais condições” .
A Rede decidiu que, também na terça-feira, ingressará com representação na Procuradoria-Geral da República contra Eduardo Cunha para que seja solicitado ao Supremo o afastamento dele da presidência da Câmara. Outros partidos deverão endossar a proposição. A Rede concluiu que seria melhor acionar a PGR antes do Supremo a fim de impossibilitar que alguma decisão monocrática de qualquer integrante da Corte inviabilizasse o afastamento.
– Vamos elencar na representação tudo o que nesses meses tem demonstrado que a presidência da Câmara dos Deputados vem sendo usada para a defesa pessoal do deputado Eduardo Cunha o que, no nosso entendimento, é inaceitável. A presidência da Câmara não pode ficar refém disso – declarou Alessandro Molon , líder da Rede.

21 de novembro de 2015
José Carlos Werneck

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