Há o Lula que sempre se disse democrata mas apoiou e idolatrou ditaduras explícitas, como a dos Castro e de Maduro, e aquele que recomendou certa vez ao Presidente Obama a implantação, no seu país, de um SUS igual ao do Brasil, embora tenha ele, Lula, recorrido ao Sírio Libanês quando alcançado pelo câncer.
Não se pode também dele esquecer, lá no olho do furacão do maior esquema de corrupção política de que se tem notícia na história do país, o mensalão, afirmando serenamente que de nada sabia.
Por outro lado, causou surpresa aquele Lula que, após deixar a presidência, embarcou num regime frenético de palestras caríssimas das quais poucos sabem o conteúdo.
Não se pode igualmente esquecer do fabricante de postes que, não contente em erguê-los, permaneceu, de fora, cuidando da sua manutenção, praticando um governo paralelo, sem mandato, de significativo protagonismo.
E que tal o Lula que sempre se caracterizou por colocar em primeiro lugar os interesses do seu partido e os objetivos de poder, em detrimento das reais necessidades do povo brasileiro ao qual enganou com apelos populistas de facilidade de crédito e programas demagógicos, com fins eleitorais?
O que falar da sua falta de coragem para enfrentar a população que o elegeu duas vezes, preferindo refugiar-se no recôndito de seu apartamento em São Bernardo ou atrás das muralhas do plácido Instituto Lula?
Como esquecer as bobagens que ornaram seus discursos, sempre para plateia restrita, como, por exemplo, aquela na qual colocou na esfericidade da Terra a culpa pelos caprichos do clima?
E a emersão repentina do talento de lobista, ao interceder por empreiteiras cujos titulares estão hoje sendo investigados no lava jato, junto a ditadores africanos e sul-americanos, drenando recursos que poderiam ser empregados na melhoria da raquítica infraestrutura nacional?
Essas são algumas das facetas desse ex-presidente, certa vez auto-intitulado "metamorfose ambulante" e que ameaça voltar .
06 de outubro de 2015
Paulo Roberto Gotaç
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