"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 10 de outubro de 2015

AGORA, ATÉ A OAB JÁ FALA EM DEFENDER O IMPEACHMENT DE DILMA


Com a implacável unanimidade no Tribunal de Contas da União, sinalizando que o Congresso não terá a mínima condição de aprovar as contas de Dilma, que segue dando pedaladas e cometendo crimes de responsabilidade também no exercício de 2015, segundo o ministro-relator Augusto Nardes, daqui para a frente a situação só vai piorar.
Não há como impedir o avanço do impeachment no Congresso, a retomada das ações na Justiça Eleitoral e o desenrolar da Lava Jato, com as novas delações premiadas de Renato Duque e Nestor Cerveró, que vão liquidar o que resta de Vaccari, Dirceu, Lula, Dilma & Cia. Ltda.
É tudo apenas uma questão de tempo, o governo já acabou e sua imobilidade está liquidando com a economia do país, que já caiu para o novo lugar no ranking mundial, vejam a gravidade da situação.
CLIMA INSUPORTÁVEL
Pode-se imaginar o insuportável dia-a-dia na rotina do Palácio do Planalto, o mau humor permanente que é irradiado do terceiro andar para todas as dependências. Quem escapou de fininho foram os ministros mutantes Aloizio Mercadante e Miguel Rossetto, que perderam prestígio, mas ganharam um mínimo de tranquilidade só pelo fato de não frequentarem mais o Planalto.
Os chamados ministros da casa vão trabalhar a contragosto. Não há mais boas novidades no governo, nada a comemorar. Pelo contrário, a cada manhã é uma tortura ler o clipping dos  dos jornais, sem falar no sábado, quando saem as revistas semanais, que, à exceção da Carta Capital, só trazem péssimas notícias. E hoje é mais um dia desses. Quem pode suportar tanta pressão?
OS RATOS ABANDONAM
Não há novidade alguma nessa situação. Todo governo que chega ao final totalmente fracassado enfrenta a mesma síndrome. No caso atual, foi muito pior, porque o governo nem chegou a começar, um verdadeiro fenômeno.
É hora de os ratos abandonarem o navio, como diz o velho ditado, que se confirma com a poderosa Ordem dos Advogados do Brasil a mudar de curso.
Recordar é viver. Em entrevista à revista Época, publicada em 26 de agosto deste ano, o presidente da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, posicionou-se contra o movimento golpista e defendeu o mandato da presidente Dilma Rousseff. “Até o momento, a OAB não tomou conhecimento da prática de ato criminoso por parte da presidente da República”, declarou.
“Até que sobrevenha um fato criminoso imputado à presidente, ela é titular do mandato e não se pode falar em impeachment. É a posição da OAB”, sentenciou, acrescentando: “A regra do estado democrático de direito é a preservação dos mandatos dos eleitos. Para cassá-los, é preciso haver prova cabal de fato criminoso. Tenho convicção de que as instituições democráticas serão mais fortes que qualquer crise e qualquer tentativa de restabelecer um regime ditatorial”.
MUDOU A OAB?
O tempo passa, o tempo voa, e menos de dois meses depois dessas declarações a favor de Dilma, o presidente da OAB diz que “é indiscutível a gravidade da situação consistente no parecer do TCU pela rejeição das contas da presidente da República por alegado descumprimento à Constituição federal”.
Furtado Coêlho anunciou que a OAB já criou uma comissão para decidir se apresenta ao Congresso pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff a partir da recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) pela rejeição das contas de 2014 do governo.
O grupo terá duração máxima de 30 dias para fazer estudos “técnicos” e avaliar se há embasamento jurídico para a própria OAB apresentar oficialmente à Câmara Federal o pedido de impeachment Dilma.
Mudou a OAB? E agora,. com quem o governo ainda pode contar? Ninguém responde? O silêncio realmente é ensurdecedor.

10 de outubro de 2015
Carlos Newton

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