"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 12 de setembro de 2015

TEM UMA AZEITONA NESSA EMPADA....

                                A HORA DA UNIÃO NACIONAL

A quem interessa o rebaixamento da Petrobras e mais um monte de empresas brasileiras? Terá sido exclusivamente por conta da roubalheira promovida na estatal pelo PT, PMDB, PP e outros partidos, agora objeto das investigações da Operação Lava Jato? 

É bom prestar atenção, porque os investimentos externos que começam a fugir de nossa economia não tomam o rumo das profundezas nem da estratosfera. Simplesmente vão para outros países. 
Claro que parte da culpa é nossa, melhor dizendo, de nossos políticos e de nosso governo. Esgota-se assim a equação?
Nem pensar. Tem azeitona nessa empada.  Os recursos que começam a deixar nossas empresas, ou que nem chegarão, ganham logo outros mercados. 

Não será apenas pela lambança promovida por meliantes nacionais, cujas atividades escandalizam o mundo. Existem grupos interessados nessa operação de transferência, de olho em vultosas comissões e na reaplicação de seus ativos. Se estamos perdendo, alguém está ganhando. 

A desclassificação, primeiro do Brasil, depois de nossas estatais e demais empresas, rende dividendos fabulosos para especuladores, ainda que resulte em sérios prejuízos para nós.
DESCLASSIFICAÇÃO
Standard & Poor’s e outras arapucas aproveitaram-se da ação das quadrilhas que ocuparam a política e até o governo brasileiro, mas encontram-se a serviço de interesses bem maiores. 

Tem gente faturando bilhões com a desclassificação, vale repetir, em parte acertada em função do desvio e do superfaturamento de obras e serviços verificados na Petrobras e alhures,   ainda que iniciativa fajuta porque voltada para objetivos bem maiores.
Fazer o quê? Não dá para concordar com o Lula, sobre ser irrelevante a queda de patamar, muito menos aceitar o diagnóstico da S&P, de que a revisão da nota depende exclusivamente da situação política. 

Mesmo que a Operação Lava Jato se encerrasse hoje, com a condenação e a prisão de todos os ladrões, por um milagre da Justiça, o país permaneceria na situação do paciente que, em plena sala de cirurgia, assiste dois médicos discutirem à sua volta se devem operá-lo no cérebro ou no coração. E sob a vistas da Cirurgiã-Chefe, que perdeu o bisturi.
LEMBRANDO ITAMAR
É sempre bom lembrar que Itamar Franco, na primeira manhã em que despachou no palácio do Planalto, mandou chamar os líderes e dirigentes de todos os partidos. Só o Lula não foi. 

O novo presidente deixou claro: se não tivesse o apoio de todos para um ministério de união nacional, renunciaria.  Não precisou. Da redemocratização para cá, foi o melhor governo  que tivemos. 

A hora seria de união nacional para a defesa de nossos interesses.  Sem achar irrelevante a desclassificação, valeria à pena ver o hospital sob nova direção, promovendo logo a cirurgia e proibindo a entrada de curandeiros empenhados em manipular maus vaticínios para receber bons lucros.
PROCURA-SE UM SUBSTITUTO
Ontem, avolumaram-se as especulações sobre estar próxima a substituição de Aloizio Mercadante na chefia da Casa Civil.  Atribuía-se a ele o envio ao Congresso de um orçamento deficitário. 

O diabo é que se Jaques Wagner for convocado, corre o risco de ser o mais do mesmo, por carregar o peso de pertencer ao PT, ainda que do lado bom. Para a presidente Dilma escapar da defenestração, tem de ser alguém de fora, capaz de reger a orquestra com batuta e partituras novas.

12 de setembro de 2015
Carlos Chagas

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