"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sábado, 12 de setembro de 2015

MORO ABRE SIGILO DE DELAÇÃO DO EMPREITEIRO RICARDO PESSOA

PESSOA CONFESSOU REPASSES DE PROPINA NO ESQUEMA DE CORRUPÇÃO

O CONTEÚDO DESSES TERMOS AINDA NÃO FOI ANEXADO AOS AUTOS FOTO: FÁBIO RODRIGUES POZZEBOM


A Justiça Federal, em Curitiba, levantou o sigilo nesta sexta-feira, 11, de pelo menos onze depoimentos da delação premiada do dono da UTC, Ricardo Pessoa, assinada com a Procuradoria-Geral da República. Nos termos, o empreiteiro confessou repasses de propina do esquema de corrupção que operou na Petrobras entre 2004 e 2014 para o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu (governo Lula) e para o PT, via ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto, por meio de "doações declaradas e não-declaradas".

O conteúdo desses termos ainda não foi anexado aos autos, mas eles estão descritos pelo juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato, em Curitiba, nas decisões de levantamento de sigilo.

Neles, Pessoa trata ainda das propinas para os ex-deputados Luiz Argolo (ex-PP e afastado do Solidariedade/BA) e Aline Corrêa (PP/SP), com recursos da Diretoria de Abastecimento da Petrobras. O empreiteiro fala, ainda, sobre as operações de propina envolvendo a Diretoria de Serviços - cota do PT no esquema alvo da Lava Jato - com os lobistas Adir Assad e Mário Góes.

Em dois dos depoimentos de delação que serão tornados públicos, o dono da UTC aponta ainda a formação e a atuação do cartel de empreiteiras que fatiava obras da Petrobras, pagando propinas sobre valores pagos em consórcios formados nas obras do Comperj, no Rio, e na Refinaria Repar, no Paraná.

Um deles, envolvendo a Odebrecht, que nega envolvimento no esquema da estatal petrolífera.(AE)



12 de setembro de 2015
diário do poder

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