"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

O ABISMO EM FRENTE



Existe muita gente que ainda se surpreende com o fato de Joaquim Barbosa ter deixado o Supremo Tribunal Federal – STF -, quando ainda dispunha de muitos anos de trabalho produtivo para o país. O ministro honrou a sua passagem por aquela Casa. O fato é que sua então excelência já havia confidenciado a interlocutores que não ficaria “nem mesmo um minuto no STF com Ricardo Lewandowski exercendo a Presidência”.

O posicionamento de Joaquim Barbosa, no julgamento do mensalão, é que permitiu condenar figurões de nossa vida pública, assaltantes dos cofres públicos que só fazem carregar o patrimônio nacional. Com o então ministro não teve essa história de conchavo nem transformar o STF em valhacouto de subservientes e de bajuladores do Poder Executivo: a lei foi cumprida.

Os entreveros acontecidos entre Barbosa e demais integrantes da mais alta Corte do país foram tão grandes que, em determinada sessão, aborrecido com o que chamou de chicanas levadas a cabo por Lewandowski, indagou: “-Vossa excelência é advogado deles (dos mensaleiros)?”.

O fato é que o ministro Lewandowski (que algumas más línguas dizem ter sido indicado para o STF pelo fato de sua mãe ser vizinha amiga da mulher de Lula da Silva, o Lularápio) fazia, indevidamente, revisão sistemática de cada um dos votos proferidos pelo então relator do mensalão e punha água na fervura.

O ministro (que outra leva de más línguas garantem só ter sido nomeado por Lularápio porque este imaginava que seu nome fosse “Lewando Whisky”) atenuava acusações e traçava retrato dos mensaleiros que quem viesse de outras paragens poderia imaginar que merecessem indenização do Estado por estarem sendo tão terrivelmente molestados. Mas eram apenas ladrões!

Naquela época, apesar de Lularápio saquear noite e dia os cofres públicos, a economia ainda suspirava e o quadro não se apresentava tão difícil e assustador como agora. O alcoólatra moralmente desqualificado ainda gozava de certo prestígio, porque vivemos num país onde as emissoras de televisão, capitaneadas pela Rede Globo, cuidam de desinformar a maioria analfabeta do país, torrão que elas controlam e que na realidade não passa de lupanar de quinta categoria.

É bom estar sempre lembrando Joaquim Barbosa, pois temos esse juiz federal em Curitiba que exerce em sua instância papel tão importante quanto o desempenhado por ele e não deve ser deixado às traças. Sérgio Moro corre o risco de ser morto a qualquer hora num incidente mal explicado, mergulhando este nosso bordel chamado Brasil num pesadelo sangrento de dificílimo final.

Vejam só: pretende-se passar rasteira em Sérgio Moro e soltar duas figuras de proa na roubalheira da Petrobras. Gente que sabe e pode mostrar detalhes de que Lula é ladrão e que a nossa atual presidente, Dilma Roussef, não fica atrás. Pode mostrar ainda que o país é “administrado” por quadrilhas poderosíssimas, as quais somente serão desmontadas se a população não se desmobilizar.

Se o STJ conceder habeas corpus a Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo, a população terá de marcar presença nas ruas e cobrar seriedade desses tribunais aparelhados, cujos juízes ganham altíssimos salários para defenderem interesses desses vagabundos. Que dizer de um STF que conta com Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli e Luiz Edson Fachin em seus quadros?

Em suas anotações, Marcelo Odebrecht cita o presidente do STJ, Francisco Falcão, como seu aliado. Essas pessoas não têm responsabilidade com o país. E, assim como Lularápio, são capazes de causar uma guerra civil apenas para se salvarem.



21 de setembro de 2015
Márcio Accioly é Jornalista.

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