"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

UM POVO CORNO MANSO



Uma minoria da população brasileira, justamente aquela que ainda consegue pensar com a própria cabeça, não se espantou com a alternativa que agora amadurece no sentido de dividir o Brasil em dois ou mais Estados Independentes, conforme conveniências e vocações regionais.
 
Esta alternativa veio à luz, forte como um relâmpago, após o “anúncio” da Justiça Eleitoral do resultado das eleições presidenciais, 2º Turno de 2014, dando a vitória de Dilma Roussef, da coligação liderada pelo PT.
O sentimento, praticamente unânime, dos que têm capacidade de raciocínio, é o de que houve FRAUDE nessa eleição. Fraude eleitoral, protagonizada por um sistema eletrônico “caixa-preta” instalado nos computadores do TSE. A primeira pergunta que se impõe para prosseguir nessa tese é se isso seria possível ou não. Com a palavra os especialistas no assunto.
 
Apesar de me considerar uma nulidade, não quase, mas absoluta mesmo nessa área, acho que o bom senso conforta minha opinião de que a fraude está evidenciada. Vários indícios levam à essa conclusão. São tantos que a evidência salta aos olhos. E falo daquela mesma EVIDÊNCIA, a que se referiu René Descartes, no “Discurso Sobre o Método”, e que seria o primeiro preceito da lógica: “(a evidência)… consiste em nunca aceitar como verdadeiro nenhuma coisa que eu não conhecesse EVIDENTEMENTE como tal….”.
 
A fraude eleitoral ficou evidenciada nessa eleição. E a evidência é a maior das provas.
Os indícios, as evidências, são plurais indicadas em todos as etapas do citado “anúncio”. Começa pela divulgação dos resultados parciais das eleições para governador, também 2º Turno, em contrapartida ao silêncio “sepulcral” da eleição presidencial.
Parece que efetivamente o “vírus” da fraude não foi implantado nas eleições para governador. Estas devem ter sido “limpas” ou “semi-limpas”. E as tais pesquisas “boca-de-urna”? Não foram feitas? Ou foram feitas e nunca divulgadas? Ou sumiram?
 
Mas isso se explica sem esforço. De todo o poder político, e também das verbas públicas, mais de 70% (setenta por cento) fica na esfera federal, com a União. Os miseráveis estados e municípios disputam os restantes 30%, as “sobras”. Não há, por conseguinte, razão para tanta preocupação com os “mendigos” da pseudofederação.
O que interessa é “lá em cima”. Ali está quase todo o poder. E também quase toda a “grana” além disso, sinaliza, falsamente, a existência de oposição e federação.
Escolhido, com muita inteligência o alvo da fraude eleitoral, justamente o “filé” da política, restou implantá-la e depois colher os seus frutos, vulgarmente conhecidos como “VITÓRIA”.
 
qualquer operador do direito sabe que se submetidos ao crivo JURISDICIONAL, em qualquer litígio judicial provocado dentro da sociedade civil, mesmo um juiz inexperiente consideraria e mandaria verificar as suspeitas levantadas por qualquer das partes. A suspeita de fraude eleitoral não escapa.
Não foi o que aconteceu com a “demanda” mais importante da sociedade, qual seja, a que definirá os rumos do seu futuro político. Já “antes” das eleições suspeitava-se do que poderia ocorrer. Pediram auditoria. Foi negado. É sinal de que tinha “boi na linha”.
 
Passadas as eleições e anunciado o resultado, a parte que se sentiu prejudicada, o PSDB, entrou com pedido de auditoria pós-eleição. É claro que será negado. E se for acolhido esse pedido, é lógico que os “réus” trabalharão os seus computadores com novas fraudes, eis que são os únicos com acesso às “máquinas”, para apagar os vestígios da antiga fraude e confirmar o resultado com uma nova (fraude).
 
Isso significa que somente uma auditoria externa, até com acompanhamento de organismos internacionais (ONU,etc), poderia elucidar o que realmente aconteceu...
E garanto que a ONU, que tanto prestigia a democracia e combate o crime de grande repercussão, não se negaria a essa ajuda.
Poderia parecer que estaria havendo uma “advocacia” pró Aécio, candidato perdedor. Não é isso. Esse candidato também não nos serve. Prometeu na sua campanha manter os absurdos do PT, adicionado de muita “gorjeta”.
 
Escreve-se em nome da decência, não da inteligência. Se fosse pela inteligência, todo esse processo eleitoral seria banido do mapa. Não seria questionada somente a eleição de 2º Turno. Seria TUDO.
Interessante é observar que mesmo sem levantar qualquer suspeita quanto à legitimidade dessa eleição, a “zona azul” do mapa eleitoral, que deu vitória a Aécio, consistente na METADE SUL DO BRASIL, começou a levantar a questão da DIVISÃO, SEPARAÇÃO, “RACHA” do Brasil Até a Presidente reeleita se referiu à divisão, embora a negasse.
 
Mas a discussão foi “vitaminada” após o surgimento da hipótese de que teriam sido fraudadas essas eleições. A METADE SUL DO BRASIL tem agora a soma de dois fortes argumentos para “cair fora” do Brasil. E ela tem direito, sem dúvida.
 
Os países deveriam ser construídos, ou reconstruídos, mediante uso do cérebro, da inteligência. Não é o coração, nem a “bunda”, que deveriam construir os países.
 
Compreende-se perfeitamente as razões que levam as populações da METADE NORTE do Brasil a tentar “segurar” a METADE SUL. É uso do direito de legítima defesa e do interesse próprio. É olhar o “mapa tributário” federal e ver quem é que produz e manda o dinheiro intermediado por Brasília. É a METADE SUL, sem meias palavras.
 
Mas não é só o pessoal do Norte que pensa assim. Provavelmente a maioria do Sul pensa igual. Mas essa parcela do povo sulista pensa como o “corno manso“. O corno manso é aquele que é traído pelo seu amor, mas tolera, não reage, ficando por isso mesmo. A situação fica legitimada, pela pacífica tolerância.
 
Mas se há CORNITUDE na relação homem-mulher, hoje também homem-homem, mulher-mulher, e combinações variadas, essa cornitude certamente também se faz presente na relação POVO-ESTADO (país).
 
Aí devemos entrar um pouco no PROBLEMA FINALÍSTICO DO ESTADO. O estado é feito para servir-se do homem, ou para servi-lo? Deve ser MEIO ou FIM em si mesmo?
É claro que o raciocínio que norteia esse artigo não se aplica aos que concordam que o POVO deve servir ao ESTADO, e não o ESTADO ao POVO. Esse é “caso perdido”. Deve conformar-se com a eterna escravidão ao Estado...
 
Mas o “corno manso” nesse contexto é aquele que acha que o Estado deve servi-lo, mas procede de modo contrário. Ele serve ao Estado. É o caso de parte do POVO DA METADE SUL que rejeita qualquer alternativa de desfazimento do matrimônio que ele tem com a “PÁTRIA AMADA”, que sempre lhe traiu, mais agora que nunca...
 
O direito, e mesmo dever, ao desfazimento desse “matrimônio” já se daria com a simples derrota eleitoral que o POVO DA METADE SUL teve para o POVO DA METADE NORTE, salientando-se que o primeiro sustenta o segundo. Uns idiotas certamente vão dizer que se trata de preconceito, xenofobia, racismo e assemelhados, como hoje é moda para tudo.
Não é nada disso. É direito de defesa e de não ser “trouxa” em sustentar um povo totalmente capaz de fazer-se por si mesmo.. E os governos, especialmente agora, do PT, fazem assistencialismo geopolítico, tendo como beneficiários justamente aqueles que lhe dão a vitória nas urnas. Isso não é justo.
 
Mas a “cornitude” merece algumas reflexões. Ela pode ocorrer nas relações interpessoais e também nas relações POVO-ESTADO. Assim o POVO pode ser corno do ESTADO. Acontece quando ele é traído, exatamente como na relação SUL-ESTADO-NORTE. Nunca vi em livros essa situação. Mas é óbvio que ela existe. E se existe, nasce direito ao divórcio, à separação.
A cornitude não tem cura dentro da mesma relação, porque nela uma vez corno, sempre corno. E também não existe ex-corno, na mesma relação. A única cura é o divórcio, ou a separação. E pode ser da pessoa ou de um povo.
 
Se não for devidamente esclarecida essa eleição, justificar-se-ia até mesmo uma intervenção militar relâmpago (nunca como aquela “outra”), com o único objetivo de realizar-se novas eleições, no caso, exclusivamente presidenciais.
Seria o uso da rebelião justa a que se referiu Santo Agostinho. Situações extraordinárias, cercadas de fraudes por todos os lados, requerem medidas também extraordinárias.
 
Não cultivo muito otimismo que algo assim vá acontecer. Parece que as coisas vão se acomodar ao natural. O povo, dito brasileiro, continuará sendo como um rebanho de cordeiros conduzido ao bel prazer da cafajestada que sempre mandou.
 
10 de novembro de 2014
Sergio Alves de Oliveira Advogado, Sociólogo, gaúcho

Um comentário:

  1. O POVO BRASILEIRO PRECISA DEIXAR DE SER CORNO MANSO, E PARTIR PRA CIMA DA QUEBRA DO SIGILO......OU.....OCUPA STF, JÀ!!!!
    BOM LEMBRAR QUE A PRESIDENTE DO STFÚCIA) (CARMEN L, FOI CONTRA DILMA, A FAVOR DO IMPEACHMENT......FAZ PARTE DO CICLO AMIGOS DO PSDB / PMDB / DEM....ESQUECERAM????

    ResponderExcluir