"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

CABEÇAS VÃO ROLAR

         
 


Quando chegarem ao Supremo Tribunal Federal as íntegras dos depoimentos dos dois bandidos que roubaram a Petrobrás, na forma de delações premiadas, dependerá dos ministros Ricardo Lewandowski, presidente, e Teori Zavaski, relator, dar início aos processos contra deputados, senadores, governadores e até ministros envolvidos na lambança.
A começar pelos que foram reeleitos e terão, até a conclusão dos julgamentos, tomado posse e entrado no exercício de seus mandatos. Coisa para mais de um ano.

A impressão geral na mais alta corte nacional de justiça é de que, mesmo sem as características singulares do ex-ministro Joaquim Barbosa, o atual chefe do Poder Judiciário será inflexível na aplicação da lei. Convém aguardar.

INDECISOS COISA NENHUMA

Dos 143 milhões de eleitores no Brasil, qual o percentual de indecisos? Por mais que os institutos de pesquisa batam cabeça, é impossível calcular a partir de consultas feitas a 5 ou 9 mil cidadãos.
Mesmo assim, indicam a lógica e o bom senso que a uma semana das eleições, será mínimo o número de eleitores sem se ter definido. Sendo assim, não serão os indecisos que decidirão por Dilma ou por Aécio. A escolha já está feita pela imensa maioria, ainda que só na noite do próximo domingo possamos saber qual.

O FILHO INGRATO

O Lula  foi um produto da imprensa. Como líder sindical, não chegaria a líder político sem estar todo dia nas primeiras páginas dos jornais e na capa das revistas. Vê-lo hoje denegrindo os meios de comunicação é irônico, além de injusto.

ALÍVIO

Felizmente, falta pouco para nos livrarmos das abomináveis informações ouvidas todos os dias a respeito de  “o nível de confiança dessa pesquisa é de 95%” ou “pela margem de erro o candidato pode receber dois pontos para cima ou dois pontos para baixo”. Trata-se de um engodo destinado a abrir  janelas para desculpar notórios erros dos institutos.

Outra praga de que nos livraremos será a pejorativa denominação dos postulantes a cargos eletivos de “CANDIDATO (A)”.Pejorativa porque jogada sobre quem disputa eleições na forma de uma diminuição. Ganhando ou perdendo, até o fim do ano Dilma voltará  a ser PRESIDENTA  e Aécio, SENADOR. Depois da posse do eleito, a situação poderá inverter-se para o tucano, mas a companheira merecerá até o fim da vida o tratamento de PRESIDENTA, devido a quantos ocuparam a chefia do governo.

JÁ FOI  PIOR

Virou moda classificar a atual campanha presidencial como a mais baixa e lamentável de todas, na história da República, pela sucessão de agressões entre os candidatos. Pode não ser bem assim,  apesar do triste espetáculo encenado por Dilma e Aécio.
Poucos lembram que  Jânio Quadros ia para os comícios levando um rato  na ponta de um bambu,   para sugerir que era Ademar de Barros, enquanto este balançava no seu bambu um gambá, igualmente apontado como o seu adversário.

OS MINISTÉRIOS

A partir de segunda-feira que vem começarão as especulações  sobre o ministério do presidente eleito. Se for Dilma, imagina-se que passará o rodo na atual equipe, da qual apenas dois ou três permanecerão, de um total de 39. No caso da eleição de Aécio,  não deve ser esperado o retorno em massa dos ministros de Fernando Henrique Cardoso. Lá e cá, a palavra de ordem será  renovação.

20 de outubro de 2014
Carlos Chagas

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