"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

AS CAUSAS E OS EFEITOS

 

O site internet do Christian Science Monitor, de Boston, publica um artigo bastante didático intitulado How Brazil’s oil boom went bust ― Como o boom petrolífero do Brasil enguiçou.
 
Segundo a matéria, a produção brasileira de petróleo ― insignificante nos anos oitenta ― cresceu continuamente durante trinta anos até atingir 2.7 milhões de barris por dia em 2010.
 
Petrobras 3
 
Nos primeiros anos deste século, com a descoberta de imensas reservas na camada pré-sal, tudo indicava que a extração cresceria vertiginosamente e que o país se encaminhava para destino inexorável de superpotência petroleira.
 
Lá por 2010, no entanto, algo aconteceu. Estes últimos quatro anos, a extração estagnou. A produção de 2013 foi a mesma de três anos antes. Qual a razão?
 
O Christian Science atribui o desempenho pífio da Petrobras à má gestão da companhia. Menciona os escândalos, a lavagem de dinheiro, as propinas, a prisão de um diretor. Ah, esse mundo moderno onde tudo se sabe…
 
Depois de considerações técnicas e financeiras, o jornal cita uma fala em que a presidente de nossa República deixou claro que enxerga o país como uma grande Venezuela: «A Petrobras é maior que nós todos. Ela é tão grande quanto o Brasil».
 
O artigo termina vaticinando: «O destino [de Dilma Rousseff], tanto quanto o do país, depende do desempenho da maior companhia do Brasil».
Poderiam também ter dito que a Petrobras é a cara do Brasil: os males que afligem a gigantesca companhia são os mesmos que atormentam o País.
É sabido que as mesmas causas costumam engendrar os mesmos efeitos. A Petrobras andou pra trás, perdeu credibilidade e valor de mercado. Quanto ao País…
 
09 de maio de 2014
José Horta Manzano

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