"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

GOVERNO DO PT NEGA A SI MESMO E DIZ QUE NÃO CONGELA PREÇOS PARA SEGURAR INFLAÇÃO

  

Os dois ministros trapalhões do PT.
 
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou ontem que o governo controle preços de combustíveis e tarifas de energia elétrica para segurar a inflação, contradizendo declaração do ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e acirrando o debate eleitoral sobre a política econômica do governo Dilma Rousseff.
 
Em entrevista à Folha publicada nesta quarta (14), Mercadante admitiu que o governo tem controlado as tarifas para evitar o impacto que elas teriam na inflação. Críticos da política econômica dizem que esse modelo aumenta os riscos que o próximo governo terá que administrar.
 
O Planalto tem enfrentado dificuldades para manter a inflação dentro do limite máximo definido pela meta oficial, de 6,5% ao ano, apesar de seguidos aumentos nas taxas de juros pelo Banco Central e mesmo com a atividade econômica em marcha lenta.
Isso fez aumentar a ansiedade do eleitorado com os rumos da economia e reduziu a popularidade da presidente Dilma Rousseff, que concorrerá à reeleição em outubro.
Após participar de uma audiência na Câmara dos Deputados, Mantega citou reajustes recentes nos combustíveis e nas tarifas de energia como prova de que o governo não está represando as tarifas. "Temos feito, sim, reajustes", disse. "Maior exemplo é o preço da energia, que subiu 18%. Onde está o represamento dos preços?" E acrescentou: "Gasolina tem tido aumentos todo ano no Brasil."
 
Apesar dos reajustes, os combustíveis não têm acompanhado a alta dos preços internacionais do petróleo, o que causa prejuízos à Petrobras. No setor elétrico, o Tesouro tem bancado boa parte dos custos das concessionárias, adiando para o ano que vem reajustes de tarifas. "Não é recomendável fazer intempestivamente a correção do preço. Tem que esperar passar essa turbulência, essa volatilidade, depois buscar o alinhamento", disse.
 
As declarações de Mercadante e Mantega abriram espaço para novos ataques dos dois principais adversários de Dilma na corrida presidencial ao modelo que ela adotou para a condução da economia.
 
O senador Aécio Neves (PSDB) afirmou que o governo age com "discurso demagógico" sobre a inflação. "A inflação está aí, é preciso de um governo que gere confiança no mercado e nos cidadãos. (...) Nós corrigimos lá atrás [a inflação], acabamos com ela, e, no momento em que deveríamos estar debatendo a agenda da competitividade, estamos novamente debatendo inflação e congelamento de preços", disse.
Na Câmara, Mantega também defendeu a solução encontrada pelo governo para socorrer o setor elétrico. O Tesouro vai repassar R$ 13 bilhões ao setor elétrico neste ano. As distribuidoras vão ainda tomar empréstimo de R$ 11,2 bilhões, quantia que será repassada para a conta de luz a partir de 2015. "No fundo, a conta é do contribuinte. Não fazemos milagre", afirmou o ministro. "Pior seria colocar tudo no consumidor, diretamente."

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