"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

BATEU O DESESPERO NO LULOPETISMO

O desespero bateu às portas da campanha petista. O baixo nível do programa do partido governista chegou ao fundo do poço, seja como peça de propaganda enganosa, seja pelo seu conteúdo ridículo e boçal. O todo-poderoso e “genial” publicitário João Santana perdeu as estribeiras e partiu para a ignorância. Dilma perdeu mais votos do que ganhou com a peça publicitária, ao trazer o elemento “medo” para atacar a oposição.
 
Entre os que formam opinião, todos são unânimes em afirmar que Dilma e o PT deram um tiro no pé. Tipo de coisa do burro com iniciativa. A presidente continua perdendo eleitores, principalmente entre aqueles que acreditavam na esperança petista. Depois de quase 12 anos de desgovernos, as pesquisas de opinião demonstram, a cada levantamento, que o prestígio de Dilma desaba, até mesmo entre as classes menos favorecidas e nas suas diversas faixas etárias.
 
Partidos aliados não escondem o desconforto em participar de um governo que perdeu totalmente o rumo.

O PMDB, protagonista do consórcio que dá apoio ao governo federal, está dividido em alguns estados. Jarbas Vasconcelos e Pedro Simon, peemedebistas históricos do Rio Grande do Sul e de Pernambuco, já tornaram públicas suas opções pela candidatura de Eduardo Campos do PSB.  
 
No Ceará, é bem possível que o PMDB de Eunício de Oliveira feche com o candidato Aécio Neves do PSDB.

O PP dá sinais de que desembarcará da base aliada e acompanhará Aécio em nível nacional, já que em Minas Gerais os pepistas apoiam o candidato Pimenta da Veiga ao governo mineiro.

No Rio de Janeiro, o candidato à reeleição Pezão e o ex-governador Sérgio Cabral, afagam Dilma, mas não escondem suas preferencias pelo candidato do PSDB. 
 
O eleitor médio brasileiro já se deu conta do engodo Dilma Rousseff e está ciente de que o lulopetismo perdeu o prazo de validade.
Pesquisas internas da campanha aecista  confirmam que diminuiu em muito a diferença das intenções de votos entre  Dilma e Aécio. Votos que estavam na cota dos indecisos, hoje já se percebe que existe uma migração para as candidaturas oposicionistas, com Aécio Neves capitalizando os mais descontentes.
 
O PT entendeu que o “Volta, Lula” não seria uma boa ideia, pois não estaria descartada uma derrota do ex-presidente, o que traria sérias consequências para o futuro do partido.
As hostes petistas chegaram à conclusão de que o melhor ainda seria apostar na reeleição de Dilma. Caso Dilma se reeleja os méritos ficarão com  Lula.
 
Saindo derrotada do pleito presidencial, a culpada seria a própria Dilma que não soube ouvir as sugestões do seu inventor. Lula sairia por cima, independentemente dos resultados das urnas em outubro próximo. Assim, o “Volta, Lula” ficaria para 2018. Desde, é claro, se a saúde ajudar o ex-presidente.
 
No atual quadro, a candidatura de Aécio Neves se apresenta com ótimas chances de obter êxito. Corrupção da Petrobras e em outros órgãos do governo, inflação nas alturas, empobrecimento da classe média, uma carga tributária obscena, o crime organizado assumindo o papel do Estado, vagabundos assaltando e matando pessoas de bem, hospitais públicos em completo abandono, universidades federais desacreditadas e o setor produtivo sofrendo com a ganância tributária do Estado são os ingredientes que os anos petistas deixaram como herança.

15 de maio de 2015
Nilson Borges Filho é mestre, doutor e pós-doutor em Direito e articulista colaborador deste blog. 

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