Conforme descreve o excelente comentarista e conhecedor do pugilismo histórico, Eros Grau, o ataque caberá ao “Embuste Ideológico”. Grau, jurista e ministro do STF, defende o Estado de Direito e aponta os golpes baixos (e sujos) do lulo-petismo querendo subverter a ordem republicana em favor da máfia dos mensaleiros.
Do outro lado, a porta-voz do PT-governo, Dilma Rousseff, incentiva a “Guerra Psicológica” já na lona de uma economia baleada, defendendo-a mesmo assim diante da platéia que vaia. Dilma foi imposta ao eleitorado como ‘a gerentona’, quando na realidade era somente uma excelente maquiadora da face numérica do governo.
Como até os leigos constatam, a Presidente falseia a contabilidade aplicada no setor público, não aceitando conselhos e denúncias, nem tolerando críticas. Em vez de fazer como faria um estadista, reconhecendo a conjuntura econômica real, imputa a responsabilidade pela derrocada a “alguns setores que fazem guerra psicológica para inibir investimentos”.
A virtual “Guerra Psicológica” representa a inépcia do PT-governo, vestindo a camisa do fracasso dos PACs marqueteiros; dos atrasos nos serviços públicos; da paralisia nos setores básicos da Educação, Saúde e Segurança; da oscilação para baixo da balança comercial; e da quebra da icônica Petrobras.
Será que Freud – o pai da psicanálise – explicaria um lutador preparado no engodo, com treino aparelhado pelos companheiros, com assaltos ao Erário pelas ‘consultorias’ dos pelegos, sem assistência médica e uma Educação de 57.º lugar entre as nações?
Na verdade, a “Guerra Psicológica” é a própria Dilma – fantoche manipulado pelo mais desacreditado dos treinadores, Lula, ex-pelego da Volkswagen e/ou “O Barba”, antigo informante do Dops, segundo o delegado Tuma Júnior.
Como crer em quem vai à televisão enumerar, mentiras cabeludas? Falar de “equilíbrio das contas públicas e do controle da inflação”, esse equilíbrio mascarado com exportação de bens que não saíram do País? …E o controle da inflação cujo retrato, a carestia, está à vista de todos?
Como levar a sério a referência ao “pibinho’ dizendo que é possível melhorá-lo porque “sempre haverá algo para ‘fazer’, ‘retocar’ e ‘corrigir’”?
Como conferir veracidade em quem lista como realizações suas uma reforma agrária engessada, o salário mínimo de um terço do necessário (segundo o Dieese) e um menor índice de desemprego baseado em bolsas-esmolas?
O discurso enganador de Dilma joga ácido nos olhos dos bem informados, ao dizer que “o Brasil vive seu melhor momento”. Na economia, não é, com a queda da Bovespa e a subida do dólar; na política, ainda menos, com o partido no poder e seus satélites oportunistas solapando o Estado de Direito pela submissão do Legislativo e a tentativa de desmoralizar o Judiciário.
Desse jeito, resta a translucidez do embuste ideológico imposto aos brasileiros pela propaganda bilionária; e, muito pior, acentua o descrédito dos atores da tragicomédia que o PT protagoniza nos onze anos de poder.
Anos atrás o professor e historiador Leôncio Basbaum, de formação marxista, comentou num círculo íntimo que embora contribuísse para isto, temia que o partido comunista tomasse o poder no Brasil. Sabia da fragilidade da ideologia pequeno-burguesa dominante e dos sindicalistas despreparados que iria, sem dúvida, aviltar a proposta política e degenerar a ideologia.
Mil vezes pior do que o Partidão em todos os aspectos, o PT, sem uma proposta objetiva e sem ideologia, equilibra-se no fio da navalha vendo enfumaçar-se o culto da personalidade de Lula e assumindo a inoportuna e repugnante defesa dos quadrilheiros do Mensalão. E é assim que a “Guerra Psicológica” vai a nocaute!
04 de janeiro de 2014
Miranda Sá
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