"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

BRASIL NÃO TEM UNIVERSIDADES ENTRE 10 MELHORES DOS PAÍSES EMERGENTES

 
Ranking de consultoria britânica listou as 100 melhores instituições de ensino de 22 nações em desenvolvimento.  Entre as faculdades brasileiras, as melhores são USP (11º lugar), Unicamp (24º), UFRJ (60º) e Unesp (87º)
Brasil tem quatro instituições no ranking Foto: O GLOBO
Brasil tem quatro instituições no ranking
 
Um dos países que formam os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e dono da 6ª maior economia do mundo, o Brasil não tem nenhuma universidade entre as 10 melhores de 22 países emergentes, segundo um ranking internacional feito elaborado consultoria britânica de educação superior Times Higher Education (THE).
A inédita pesquisa Brics & Economias Emergentes” gerou uma lista das 100 instituições mais fortes das nações em desenvolvimento.
 
Conheça as melhores universidades dos países emergentes.
 
Para o estudo, a THE levou em conta não só os cinco membros dos Brics, mas também 17 outras economias emergentes. Das 100 instituições de ensino da lista, apenas quatro são brasileiras. A melhor posicionada no ranking entre as nacionais é a USP, em 11º lugar, seguida pela Unicamp, em 24º. Bem mais abaixo na tabela estão as outras duas universidades brasileiras: UFRJ, em 60º, e Universidade Estadual Paulista (Unesp), em 87º.
 
Para o editor da THE, Phil Baty, o desempenho do Brasil não condiz com o tamanho de sua economia. Mesmo elogiando o programa Ciência Sem Fronteiras, que dá bolsas de intercâmbios para brasileiros estudarem no exterior, e dizendo que o programa pode gerar indicadores positivos em longo prazo, Baty definiu o resultado nacional como “decepcionante”. Segundo ele, os pontos fracos das universidades brasileiras estão na pesquisa e na publicação de artigos em inglês, fatos que estariam entrelaçados:
 
- As pesquisas do Brasil não têm o mesmo impacto que alguns concorrentes dos Brics. Não são tão amplamente lidas e compartilhadas, o que sugere que sejam de qualidade inferior. E parte do problema pode ser a falta do inglês: muitos países adotaram a publicação em língua inglesa para garantir que a investigação seja compartilhada e compreendida em todo o mundo, e que suas universidades recebam o devido reconhecimento pelo seu trabalho inovador - ressalta o editor da THE.
 
Por continente, África e Américas aparecem com nove universidades, cada. Para a consultoria, o grande destaque do ranking ficou com a Turquia, que não só tem sete instituições na lista, como também três delas aparecem dentre as 10 primeiras: Universidade de Boðaziçi (5º), Universidade Técnica de Istambul (7º) e Universidade Técnica do Oriente Médio (9º).
 
Assim como em outros rankings elaborados pela consultoria, a metodologia da pesquisa foi baseada em 13 indicadores divididos entre as seguintes áreas: ensino (30% da pontuação geral do ranking) leva em consideração qualidade e reputação do ensino praticado; pesquisa (30%) mede a relevância das pesquisas desenvolvidas; citações (30%) é a frequência com que trabalhos da universidade são citados em pesquisas ao redor do mundo; presença na indústria (2,5%) mede a utilização de tecnologias e ideias desenvolvidas pelas universidades nas industrias; e perspectiva internacional (7,5%), leva em consideração a diversidade de alunos de diferentes origens dentro da universidade.

05 de dezembro de 2013
LEONARDO VIEIRA - O Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário