"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

domingo, 24 de novembro de 2013

O MAIS RECENTE ESTANDARTE


 
Além de possuir um ex-presidente mimético e aderente ao poder, qual craca de navio; de ser racista, mas proclamar-se ao contrário; de declarar-se em situação de quase pleno emprego, embora lance sinal de alerta sobre os gastos do seguro correspondente; de desarmar a população e, assim mesmo, possuir um dos maiores índices registrados de homicídios entre países desenvolvidos ou não; de ter que enfrentar a desaprovação da comunidade internacional por abrigar terrorista assassino; de possuir uma OAB que, politizada, dá nítida impressão de conspirar contra a sociedade que deveria defender, por missão, de agressões aos direitos constitucionais; de ver falindo a sua principal  empresa pública por ação do maior acionista, o governo, somente para cumprir projetos eleitoreiros de poder, um paradoxo; de bater recordes de atos de corrupção nas três esferas de governo; de possuir uma classe política voltada para seu crescimento endógeno, mantendo, como consequência, um sistema eleitoral ajustado para eternizar dinastias predadoras da "pátria mãe tão distraída"; de proclamar festas de democracia nas eleições, apesar do voto obrigatório; dos quebra-molas e da jabuticaba que, coitada, não tem nada a ver com tudo isso.
Mesmo com esse autêntico circo dos horrores, o Brasil está prestes a exibir ao mundo mais um constrangedor estandarte, ao reafirmar sua disposição de possuir uma bancada de parlamentares condenados por corrupção pela Corte máxima. 
 
Stefan Zweig, autor do rótulo "Brasil, país do futuro", certamente, se pudesse, reescreveria, frustrado, suas memórias póstumas.
 
24 de novembro de 2013
Paulo Roberto Gotaç é Capitão-de-Mar-e-Guerra, reformado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário