"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o governo estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville
(1805-1859)

"A democracia é a pior forma de governo imaginável, à exceção de todas as outras que foram experimentadas." Winston Churchill.

quarta-feira, 14 de abril de 2021

A DOENÇA QUE MAIS MATA NO BRASIL




Os Estados Unidos estão aplicando 3,2 milhões de doses de vacina por dia. Já vacinaram 36% de sua população. Estão usando as vacinas da Pfizer, da Biontech, da Moderna e da Johnson e Johnson, as que tiveram sua performance testada e medida entre as mais altas do mundo. 
O governo federal já distribuiu para estados e municípios 237,8 milhões de doses e Joe Biden espera comemorar 100 dias de governo com 200 milhões de americanos vacinados, o que deve ser alcançado graças aos investimentos maciços que, desde o governo Trump, foram feitos em todas as empresas capazes de produzir uma vacina do país.

Mesmo assim, na medição de ontem, 12 de abril, houve um crescimento de 6% no numero de infectados comparativamente à mínima já alcançada (com +10% de internações hospitalares e -27% em mortes), em mais uma prova do pouco que ainda se sabe sobre esse vírus e as doenças que ele provoca.

Os especialistas americanos acreditam que somente quando entre 70 e 90% da população estiver vacinada se produzirá o efeito de “proteção de rebanho” capaz de efetivamente deter a pandemia. 
Por isso a discussão do momento lá é se o país deve ou não aplicar a 2a dose de vacina em quem já recebeu a 1a. ou multiplicar por dois a velocidade de aplicação da 1a. no maior número de pessoas possível. 

Isso porque nem Moderna nem Pfizer, nem qualquer outra de que se tenha registro, dada a pressa envolvida, lembra o NY Times de hoje, fizeram testes conclusivos sobre o prazo ideal de distanciamento entre a 1a. e a 2a. doses, de modo que ninguém sabe se estender por mais três ou quatro semanas esse prazo aumentará ou diminuirá a eficácia das vacinas.



Há discussões e performances semelhantes da vacinação no mundo inteiro. 
Da Alemanha a pequenos países da Oceania, todos eles sofrendo ondas sucessivas de recrudescimento da pandemia, com ou sem lockdowns, mesmo entre os mais avançados na vacinação, ninguém ainda tem certeza de nada a respeito desta pandemia, a não ser a de que, em algum grau, a vacinação em massa reduz o problema, podendo portanto, potencialmente, vir a debelá-lo lá na frente.

Mas no Brasil, onde ainda não chegamos a 12% da população vacinada com a 1a. dose da vacina de pior performance, medida entre todas as testadas no mundo, com chorados 50,7%, supostamente obtidos em testes que continuam sem ser publicados, só há “certezas absolutas” e a única discussão do momento, é o último lance da guerra pelo poder, decretado pelos comedores de lagostas, com vinhos tetracampeões, do STF: uma CPI capaz de conflagrar todos os governos municipais, estaduais e federal, para que, definitivamente, vá tudo pro inferno.

Donde se vê que a doença menos letal afetando o país é a provocada pelo Covid-19, e a que mais mata, continua sendo a mesma de sempre: o nojo que é a política, quando ela vira exclusivamente uma disputa entre privilegiados, para ver quem vai conquistar a prerrogativa de explorar 211 milhões de quase escravos, institucionalmente mudos e impotentes pelos próximos quatro anos.



14 de abril de 2021
vespeiro

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